18/05/2017 às 18h26min - Atualizada em 18/05/2017 às 18h26min

"Não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai”, diz filho de Teori Zavascki

Na manhã de hoje, Francisco publicou um novo texto, em que disse que o post de ontem foi publicado sob forte emoção.

Istoé -
 
 

Em post publicado em sua página no Facebook, Francisco Zavascki, filho do ex-ministro do STF Teori Zavascki, morto em acidente de avião em janeiro deste ano, publicou na noite de ontem um desabafo sobre os recentes acontecimentos envolvendo o presidente Michel Temer. Francisco conclui o texto com a frase “Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!”

No post, Francisco critica o PMDB. Segundo ele, o partido “está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava Jato.” Francisco acusa ainda o PMDB de ter derrubado Dilma Rousseff e indaga: “Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?”

 

Ainda segundo Franciso, seu pai estaria tão preocupado com a situação que teria consultado informalmente setores das Forças Armadas. A resposta teria sido que as Forças Armadas “iriam sustentar o Supremo até o fim”.

 

Leia abaixo a íntegra do texto

 

O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava Jato.

A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentado nada com ele), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.

O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?

O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundado nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão afilho com o ano de 2017. Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!

Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o “cortejo dos delatados”.

Impeachment já!

Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!

 

Na manhã de hoje, Francisco publicou um novo texto, em que disse que o post de ontem foi publicado sob forte emoção. Leia abaixo a íntegra do texto publicado hoje.

 

Caros amigos, ontem escrevi, num momento de grande emoção, um texto que, mais do que qualquer coisa, representa como eu vejo o que se passou. Ainda sou tomado por muitas dúvidas e, em razão dos fatos de ontem, quis compartilhar a minha opinião.

A crise é muito complexa e difícil, por isso penso que só com ponderação, razão, apego à lei e à Constituição (remédios que o meu pai sempre usou) é que podemos superá-las! Precisamos unir o país, não dividi-lo. Força às instituições!

 

 

Em post publicado em sua página no Facebook, Francisco Zavascki, filho do ex-ministro do STF Teori Zavascki, morto em acidente de avião em janeiro deste ano, publicou na noite de ontem um desabafo sobre os recentes acontecimentos envolvendo o presidente Michel Temer. Francisco conclui o texto com a frase “Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!”

No post, Francisco critica o PMDB. Segundo ele, o partido “está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava Jato.” Francisco acusa ainda o PMDB de ter derrubado Dilma Rousseff e indaga: “Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?”

 

Ainda segundo Franciso, seu pai estaria tão preocupado com a situação que teria consultado informalmente setores das Forças Armadas. A resposta teria sido que as Forças Armadas “iriam sustentar o Supremo até o fim”.

 

Leia abaixo a íntegra do texto

 

O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava Jato.

A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentado nada com ele), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.

O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?

O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundado nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão afilho com o ano de 2017. Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!

Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o “cortejo dos delatados”.

Impeachment já!

Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!

 

Na manhã de hoje, Francisco publicou um novo texto, em que disse que o post de ontem foi publicado sob forte emoção. Leia abaixo a íntegra do texto publicado hoje.

 

Caros amigos, ontem escrevi, num momento de grande emoção, um texto que, mais do que qualquer coisa, representa como eu vejo o que se passou. Ainda sou tomado por muitas dúvidas e, em razão dos fatos de ontem, quis compartilhar a minha opinião.

A crise é muito complexa e difícil, por isso penso que só com ponderação, razão, apego à lei e à Constituição (remédios que o meu pai sempre usou) é que podemos superá-las! Precisamos unir o país, não dividi-lo. Força às instituições!


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