O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito civil contra o chefe do escritório regional do Ministério da Saúde em São Paulo, José Carlos da Silva Paludeto (foto em destaque), por suposta improbidade administrativa.
Paludeto teria se omitido ao não responder a ofícios do MPF com solicitações sobre um inquérito policial que apura o uso de documento falso, por uma paraguaia, de revalidação de diploma para obtenção de registro junto ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), em 2014
Lisa Mariel Vazquez Ramirez, de 49 anos, foi denunciada em abril do ano passado pela Procuradoria da República de São Paulo. A ação penal está na última fase, aguardando uma sentença na Justiça Federal paulista.
A ré alegou que, para obter a revalidação, contou com a ajuda de uma servidora do Ministério da Saúde. Segundo ela, Cristina Aparecida Passos a apresentou um advogado, identificado como Claudimir Ferreira, que efetuaria todo o trabalho para a revalidação do diploma mediante a quantia de R$ 50 mil.
Segundo o MPF, o superintendente do Ministério da Saúde foi questionado sobre o caso por meio de ofícios, mas não respondeu.
“Esse fato, em tese, configura ato de improbidade administrativa, mas o procedimento cível não apura o conteúdo solicitado, somente a ausência de resposta aos ofícios”, informou a Procuradoria da República de São Paulo, em nota a imprensa.
Procurado, o Ministério da Saúde informou que o superintendente estadual da pasta “irá responder dentro do prazo estabelecido”.
Segundo registros do Portal da Transparência do governo federal, Paludeto chegou ao Ministério da Saúde em abril de 2018. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid chegou a aprovar a quebra do sigilo fiscal do chefe do escritório regional.