A invasão russa da Ucrânia completa um mês nesta quinta-feira (24/3) com os principais líderes mundiais debruçados sobre um problema em comum: é preciso frear a guerra antes que seus efeitos se tornem ainda mais devastadores.
A tensão global tem atingido níveis estratosféricos com a falta de entendimento entre russos e ucranianos e a deterioração das relações político-diplomáticas envolvendo outras nações, como Estados Unidos, Rússia e China.
A quinta-feira tem intensa agenda internacional: haverá reunião da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), do conselho da União Europeia e do G7 — grupo dos países mais ricos do mundo.
Os encontros debaterão a instabilidade geopolítica atual. Novas sanções contra a Rússia, o risco do uso de armas nucleares e o fortalecimento da defesa mundial são as principais pautas divulgadas até o momento.
O presidente dos EUA, Joe Biden (foto em destaque), participa dos encontros. A participação é simbólica e estratégica. Essa é a primeira visita de Biden ao continente após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Figuras centrais na guerra, os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, adotam discursos cada vez mais difusos.
Os resultados da guerra já são sentidos em todo o mundo: crise do petróleo, risco para a segurança alimentar, e incertezas econômicas.
Recados
Num aceno à Ucrânia, a Otan convidou Zelensky para participar virtualmente da reunião da cúpula. A organização militar coordenada pelos Estados Unidos é composta por 28 nações.
Biden, em um recado diplomático importante, visitará na sexta-feira (25/3), tropas militares da Otan na Polônia — país que faz fronteira com a Ucrânia e é integrante da aliança atlântica.
A Polônia sugeriu que a Rússia seja excluída do G20, o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia.
A tensão nos arredores da Polônia ficou maior na última semana, com o primeiro bombardeio a Lviv, cidade a poucos quilômetros da fronteira polonesa. O ataque deixou o mundo em alerta.
Como a cidade é próxima da Polônia, se a investida seguir e de alguma forma atingir alvos de nações amigas da Ucrânia, mesmo que não intencionalmente, isso poderia fazer o conflito escalar dramaticamente.