A família Filippelli vai passar nestas eleições por uma provação: se vai sair das urnas mais unida do que nunca ou em frangalhos. É que o núcleo familiar deve viver uma situação inusitada. Dois integrantes do mesmo clã pretendem disputar vaga na Câmara Legislativa. Ericka e o sogro Tadeu Filippelli vão oferecer seus nomes aos eleitores.
Tadeu chegou a ser vice-governador no DF e, após sua temporada no governo, trabalhou como assessor especial do então presidente Michel Temer. Apesar das avarias que coleciona nos campos policial e jurídico, confia que tem musculatura para retornar à vida pública. Ele está filiado ao MDB. Tadeu não conseguiu se eleger em 2018, quando disputou mandato para a Câmara dos Deputados. Teve, à época, 27.917 votos.
Ericka Filippelli, por sua vez, é secretária da Mulher e deve se desincompatibilizar nos próximos dias. Na primeira batalha que enfrentou contra o sogro, perdeu. Teve de deixar o MDB rumo ao inexpressivo PTB. Aliados tentaram botar panos quentes na briga e oferecer uma vaga para candidatura de Ericka à Câmara dos Deputados. Até agora, não houve acordo.
A campanha vem aí e com ela uma incógnita: numa disputa voto a voto, como será o comportamento dos demais integrantes do clã? A ruptura no seio familiar é tão inusitada que muita gente no meio político se pergunta como será o voto de Roberto Filippelli, marido de Ericka e filho de Tadeu.