A Polícia Federal deve enviar nesta quinta-feira (31/3) ao STF o inquérito que apura se o pastor Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, favoreceu outros pastores na distribuição de verbas da pasta. O Supremo decidirá onde o inquérito tramitará, já que Ribeiro perdeu o foro privilegiado ao deixar o governo.
A investigação tem apenas uma semana de duração. A PF informou ao Supremo dessa apuração na última sexta-feira (25/3). Três dias depois, na segunda-feira (28/3), Milton Ribeiro pediu demissão do Ministério da Educação. Com isso, Ribeiro perde a prerrogativa de ser investigado no âmbito do Supremo e a investigação tende a descer de instância judicial. Uma das hipóteses é que o caso passe para a Justiça Federal.
Em outra investigação, que já não tinha pessoas com foro privilegiado, a PF também apura supostas irregularidades no Ministério da Educação. Os pastores Gilmar Mendes e Arilton Moura são suspeitos de ter cobrado propina para destravar recursos no órgão federal.
Novos personagens seguem aparecendo no caso. Na semana passada, em São Paulo, o dirigente do Avante José Edvaldo Brito afirmou que havia denunciado ao ministro o esquema de propina dos dois pastores. Também há suspeitas em Goiás: o pastor Arilton pediu a emissão de passagens aéreas para servidores da prefeitura de Goiânia, governada por outro pastor, participarem de um evento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), alvo das denúncias.