São Paulo – O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) afirmou, nesta sexta-feira (1°/4), que “não desistiu de nada” e descartou uma candidatura a deputado federal.
Em pronunciamento ambíguo que durou cinco minutos, feito em um hotel de São Paulo, o ex-juiz federal não explicou se ainda irá ou não concorrer à Presidência da República, disse que ambiciona “um Brasil melhor” e analisou que se filiou ao União Brasil “com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático”.
“Preciso esclarecer a todos que eu não desisti de nada, muito menos de meu sonho de mudar o Brasil. Pelo contrário, sigo firme na construção de um projeto para o país”, afirmou.
Moro criticou os governos de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e explicou que, “para livrar o país destes extremos”, colocou seu nome pelo país. Ao mesmo tempo, garantiu não ter ambição por cargo. Foi categórico em apenas um ponto: disse que não disputará a Câmara dos Deputados, como integrantes do União Brasil desejam.
O ex-juiz afirmou que seu projeto de país “não pode ser individual” e conclamou, “com urgência, pela união do centro democrático contra os extremos”, inclusive citando nomes de outros pré-candidatos da centro direita. Segundo Moro, hoje no Brasil quem lidera essa junção é Luciano Bivar, presidente do União.
“Filiei-me ao União Brasil com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático. Fui a primeira liderança a fazer esse gesto político em prol da unificação do centro democrático, não colocarei meus interesses pessoais à frente dos interesses do país, mas precisamos de outros atos de desprendimento de Felipe d’Avila, João Doria, Simone Tebet, André Janones e lideranças partidárias para fazer prosperar essa articulação democrática”, frisou.
Moro terminou o breve discurso com um “jamais desistirei”. Ele trocou o Podemos pelo União Brasil na última quinta-feira (31/3), após enfrentar dificuldades financeiras no antigo partido para custear sua pré-candidatura à Presidência.
A filiação ao União Brasil, porém, era condicionada à desistência do projeto presidencial, porque sua candidatura enfrenta resistências dentro de alguns setores do partido, que ainda negocia com o MDB, PSDB e Cidadania lançar um nome único para representar a chamada “terceira via”.