Pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do cruzador russo Moskva no Mar Negro, na semana passada, segundo o portal independente russo Meduza. A informação não foi confirmada pelo governo de Vladimir Putin.
A embarcação, maior cruzador de mísseis da Rússia, afundou após explosão. Ancorada no Mar Morto, pegou fogo e precisou ser removida. Na quinta-feira (14/4), a agência russa de notícias Interfax informou que o naufrágio ocorreu durante a remoção do navio. A Ucrânia reivindica o ataque.
“A embarcação perdeu estabilidade e afundou enquanto estava sendo rebocada durante uma tempestade”, declarou o Ministério da Defesa da Rússia, segundo uma agência local.
Moskva era principal navio de guerra da Rússia no Mar Morto. Na quarta-feira (13), ele precisou ser completamente evacuado após incêndio que provocou a explosão da carga que estava estocada no local.
O navio é um cruzador de mísseis e uma das estrelas da esquadra de guerra da Rússia. A construção dele terminou em 1982, e foi o projeto ainda fruto dos esforços bélicos da União Soviética, a qual se desfez em 1989.
Os dois países vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.
A tensão no Leste Europeu voltou a subir, após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo.
A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.
Em grande ofensiva militar, as tropas de Vladimir Putin estão encurralando a região de Donbass. O leste do país, onde se concentram os separatistas pró-Rússia, vive um onda de terror.
Como parte dos esforços para a batalha de Donbass, região separatista no leste da Ucrânia, a Rússia enviará de 10 a 20 mil mercenários do grupo Wagner.