20/05/2017 às 16h22min - Atualizada em 20/05/2017 às 16h22min

Delações de Joesley: Jogo duplo, propina e mansão no Lago Sul

Agentes federais controlaram movimentação na residência do advogado Willer Tomaz, acusado de corrupção passiva e organização criminosa

Por HELENA MADER e ANA VIRIATO-Correio Braziliense
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Delações de Joesley Batista mostram que advogado e procurador presos na Operação Patmos tentaram impedir depoimento do dono da JBS para proteger aliados políticos. Casa usada para reuniões foi monitorada pela Polícia Federal.

 

Durante duas semanas, o escritório do advogado Willer Tomaz, no Lago Sul, ficou sob monitoramento constante da Polícia Federal. Com discrição, agentes controlavam a movimentação na mansão da QI 1. A medida foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que também liberou a intercepção telefônica de Willer e do procurador da República Ângelo Goulart Vilella, acusado de vazar informações sigilosas ao grupo criminoso.

 

Essas ações ajudaram as investigações, que levaram à deflagração, na quinta-feira, da Operação Patmos, responsável pelas prisões de Willer e Ângelo. Além de cooptar um procurador, Willer teria usado a proximidade com o juiz federal Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, para negociar um contrato com o empresário Joesley Batista, dono da JBS. Segundo a delação do empresário, “Willer deixou claro que não havia propina, apenas amizade e proximidade com o juiz”.

 

Com base nos depoimentos e nas medidas cautelares cumpridas durante a apuração, o Ministério Público Federal tipificou os atos de Willer Tomaz e de Ângelo Goulart como práticas de corrupção passiva e organização criminosa. Além disso, de acordo com o órgão, o procurador e o advogado tentaram atrapalhar o acordo de delação entre Joesley e a Procuradoria-Geral da República (PGR), com o intuito de “proteger amigos políticos integrantes do PMDB”. Ou seja, ambos teriam feito jogo duplo: eles lucraram nas negociações com Joesley e, ao mesmo tempo, poderiam sabotar o acordo de colaboração premiada para poupar grandes figurões do partido. Os nomes dos senadores peemedebistas Renan Calheiros e Romero Jucá foram mencionados como pessoas ligadas ao advogado brasiliense.

 

De acordo com os depoimentos de executivos e funcionários da JBS, divulgados ontem, Willer acertou com Joesley Batista o pagamento de R$ 8 milhões. Para fechar o total da bolada, o advogado prometeu influências no Ministério Público Federal e também na primeira instância da Justiça Federal. Ele garantiu ter prestígio com o procurador da República Ângelo Goulart Vilella e assegurou, ainda, ter proximidade com o juiz Ricardo Leite. Nesse juízo, tramitam processos relativos à Operação Greenfield, que tem entre os alvos empresas do grupo. A relação próxima com o magistrado poderia, dessa forma, ajudar a defesa da Eldorado, firma controlada pela JBS.

 

Segundo a delação de Joesley, Willer “deixou claro que não havia propina, apenas amizade e proximidade com o juiz”. O empresário, então, teria cobrado um jantar com o magistrado e o advogado. Não há nenhuma indicação de que esse encontro ocorreu. O contrato previa a remuneração de R$ 4 milhões por honorários iniciais e R$ 4 milhões por êxito, ou seja, o arquivamento do inquérito.

 

Willer mencionou a um dos advogados de Joesley, Francisco de Assis e Silva, conhecer um procurador que integraria a força-tarefa da Operação Greenfield: Ângelo Goulart Vilella. Pouco tempo depois, a previsão foi oficializada: Francisco recebeu, via WhatsApp, a nomeação do representante do Ministério Público Federal para o grupo incumbido das investigações. Segundo o depoimento, após a primeira reunião do procurador nas investigações da Greenfield, Willer Tomaz recebeu a gravação do depoimento de um ex-funcionário da JBS. Munido dos grampos, o advogado, supostamente, sugeriu que pagaria uma mesada de R$ 50 mil a Ângelo, a “título de ajuda de custo”.

 

Cobrança

 

Em reunião realizada em fevereiro deste ano com o advogado Francisco de Assis e Silva, que representava Joesley e suas empresas, Willer voltou a falar sobre “o relacionamento íntimo com o juiz Ricardo”. Segundo o relato de Francisco, o advogado teria deixado claro “que não haveria promiscuidade, que nunca tinha saído da linha ética”. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no DF, Juliano Costa Couto, teria participado de um encontro com Joesley, Francisco e Willer, no escritório desse último. Segundo Francisco, nessa reunião, “novamente é falado do relacionamento de Willer com o juiz Ricardo”. “Já neste momento, o (Willer) Tomaz foi contratado e foi despachar com o magistrado”, disse Francisco à PGR.

 

Em uma das reuniões, Willer reclamou da bolada acertada — ele queria mais. “Na conversa, o advogado (Willer) Tomaz reclamou dos honorários, cobrou mais por tudo que estava oferecendo e falou que um terço do que cobrou foi para o Juliano Costa Couto, um terço foi para o André (Gustavo Vieira, sócio de uma agência de publicidade) e o restante foi para alguém que não se lembra quem foi”. A remuneração para o procurador Ângelo Vilella teria ficado em R$ 50 mil mensais.

 

O presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto, mencionado no depoimento, disse que ainda não teve acesso ao conteúdo completo das delações. O advogado garantiu não ter exigido, recebido ou negociado qualquer valor. Costa Couto assegurou que não contribuiu em nada para “a condução de fatos delituosos”. Alega que apenas indicou o nome de Willer para atuar em defesa dos interesses do frigorífico.

 

Interferência

 

Em nota, a 10ª Vara Federal esclareceu que, por causa da especialização, lá tramitam mais de 20 grandes operações criminais, como Lava-Jato, Greenfield, Perfídia, Zelotes, Acrônimo e Abate. Segundo informações da assessoria de Comunicação da Justiça Federal, esse trabalho resultou “na média de uma deflagração por semana, para as quais os magistrados decretaram várias prisões e autorizaram busca e apreensão, condução coercitiva e quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático em desfavor de centenas de pessoas físicas e jurídicas”.

 

Na nota oficial, o juízo argumenta, ainda, que “todas as medidas solicitadas foram apreciadas com brevidade e de acordo com as garantias devidas às pessoas envolvidas. Dessa forma, mostram-se infundadas quaisquer declarações do investigado Joesley Batista sobre eventual interferência na condução das investigações no âmbito da Justiça Federal de Brasília, que prejudique o andamento dos processos ou influencie a independência dos magistrados que atuam na 10ª Vara”.

 

Controle

Por determinação judicial, o escritório de Willer foi monitorado pela Polícia Federal “a fim de acompanhar a entrada e a saída de pessoas, notadamente aquelas com relação às investigações em curso”. A determinação ocorreu em 2 de maio e foi chancelada pelo relator da Lava

 

R$ 50 mil

Valor mensal que o procurador da República Ãngelo Goulart Vilella teria recebido de Willer Tomaz a “título de ajuda de custo”

 

Doações a brasilienses

 

A quebra do sigilo das delações da JBS evidenciou a magnitude da influência da empresa no cenário político brasileiro. O principal executivo do conglomerado, Joesley Batista, listou doações a 1.829 candidatos de 28 partidos durante a corrida eleitoral de 2014. Os, à época, concorrentes ao Palácio do Buriti estão entre os que contaram com as contribuições — Agnelo Queiroz (PT), Jofran Frejat (PR) e Rodrigo Rollemberg (PSB) receberam, juntos, R$ 985.899.

 

Entre os candidatos ao Executivo local, Rollemberg é o que mais recebeu doações. O governador do DF obteve R$ 852.832 da JBS. A maior parte das transações passou, antes, pelas mãos da Direção Distrital do PSB. Apenas em uma oportunidade, dois dias antes de ser eleito, a doação — de R$ 450 mil — ocorreu de maneira direta, via transferência eletrônica. A JBS ainda destinou R$ 500 mil à campanha de Frejat, por meio de depósito em espécie, em 24 de outubro, dois dias antes do segundo turno das eleições. O montante tramitou, de maneira prévia, no Diretório Nacional do PR.

 

A Agnelo Queiroz, a JBS dividiu o repasse de R$ 83.067 em onze parcelas — todas pagas quando o petista já havia deixado a corrida pelo Palácio do Buriti. Os subsídios foram destinados ao ex-governador pelo Comitê Financeiro Único do PT.

 

O deputado federal Ronaldo Fonseca (Pros-DF) também foi beneficiado pelas doações. O parlamentar recebeu, por meio da Direção Nacional do partido, R$ 75 mil — divididos entre uma parcela de R$ 25 mil e noutra, de R$ 50 mil. Os distritais não ficaram para trás. Durante a corrida por um assento na Câmara Legislativa, Julio Cesar (PRB) recebeu R$ 9.545 e Rodrigo Delmasso (Podemos), R$ 34.695.

 

Há, ainda, nomes conhecidos pelo brasiliense que, apesar das doações, não conseguiram emplacar a candidatura. É o caso do Dr. Charles (PR). O ex-distrital recebeu R$ 100 mil durante a campanha eleitoral. Outros concorrentes do PRB também foram agraciados com os valores, como Valdeni Leite da Silva (R$ 10.445 mil) e Claudeci Xavier (R$ 2.450 mil).

 

Ao Correio, Paulo Fona, porta-voz do governo socialista, informou que as doações são “absolutamente legais”. “Os valores recebidos foram declarados à Justiça Eleitoral e, posteriormente, aprovados”, acrescentou.

 

Jofran Frejat alegou que, por receber o valor via Diretório Nacional, não tem detalhes sobre a origem do dinheiro. “Tive apenas um mês de campanha. Então, sequer chequei a parte financeira. A doação foi feita ao partido, que a direcionou a mim”, explicou.

 

A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Agnelo Queiroz. Ainda assim, o valor que consta na lista de Joesley, está discriminado na prestação de contas do petista à Justiça Eleitoral, assim como na dos demais mencionados na reportagem.

 

 

Delações de Joesley Batista mostram que advogado e procurador presos na Operação Patmos tentaram impedir depoimento do dono da JBS para proteger aliados políticos. Casa usada para reuniões foi monitorada pela Polícia Federal.

 

Durante duas semanas, o escritório do advogado Willer Tomaz, no Lago Sul, ficou sob monitoramento constante da Polícia Federal. Com discrição, agentes controlavam a movimentação na mansão da QI 1. A medida foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que também liberou a intercepção telefônica de Willer e do procurador da República Ângelo Goulart Vilella, acusado de vazar informações sigilosas ao grupo criminoso.

 

Essas ações ajudaram as investigações, que levaram à deflagração, na quinta-feira, da Operação Patmos, responsável pelas prisões de Willer e Ângelo. Além de cooptar um procurador, Willer teria usado a proximidade com o juiz federal Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, para negociar um contrato com o empresário Joesley Batista, dono da JBS. Segundo a delação do empresário, “Willer deixou claro que não havia propina, apenas amizade e proximidade com o juiz”.

 

Com base nos depoimentos e nas medidas cautelares cumpridas durante a apuração, o Ministério Público Federal tipificou os atos de Willer Tomaz e de Ângelo Goulart como práticas de corrupção passiva e organização criminosa. Além disso, de acordo com o órgão, o procurador e o advogado tentaram atrapalhar o acordo de delação entre Joesley e a Procuradoria-Geral da República (PGR), com o intuito de “proteger amigos políticos integrantes do PMDB”. Ou seja, ambos teriam feito jogo duplo: eles lucraram nas negociações com Joesley e, ao mesmo tempo, poderiam sabotar o acordo de colaboração premiada para poupar grandes figurões do partido. Os nomes dos senadores peemedebistas Renan Calheiros e Romero Jucá foram mencionados como pessoas ligadas ao advogado brasiliense.

 

De acordo com os depoimentos de executivos e funcionários da JBS, divulgados ontem, Willer acertou com Joesley Batista o pagamento de R$ 8 milhões. Para fechar o total da bolada, o advogado prometeu influências no Ministério Público Federal e também na primeira instância da Justiça Federal. Ele garantiu ter prestígio com o procurador da República Ângelo Goulart Vilella e assegurou, ainda, ter proximidade com o juiz Ricardo Leite. Nesse juízo, tramitam processos relativos à Operação Greenfield, que tem entre os alvos empresas do grupo. A relação próxima com o magistrado poderia, dessa forma, ajudar a defesa da Eldorado, firma controlada pela JBS.

 

Segundo a delação de Joesley, Willer “deixou claro que não havia propina, apenas amizade e proximidade com o juiz”. O empresário, então, teria cobrado um jantar com o magistrado e o advogado. Não há nenhuma indicação de que esse encontro ocorreu. O contrato previa a remuneração de R$ 4 milhões por honorários iniciais e R$ 4 milhões por êxito, ou seja, o arquivamento do inquérito.

 

Willer mencionou a um dos advogados de Joesley, Francisco de Assis e Silva, conhecer um procurador que integraria a força-tarefa da Operação Greenfield: Ângelo Goulart Vilella. Pouco tempo depois, a previsão foi oficializada: Francisco recebeu, via WhatsApp, a nomeação do representante do Ministério Público Federal para o grupo incumbido das investigações. Segundo o depoimento, após a primeira reunião do procurador nas investigações da Greenfield, Willer Tomaz recebeu a gravação do depoimento de um ex-funcionário da JBS. Munido dos grampos, o advogado, supostamente, sugeriu que pagaria uma mesada de R$ 50 mil a Ângelo, a “título de ajuda de custo”.

 

Cobrança

 

Em reunião realizada em fevereiro deste ano com o advogado Francisco de Assis e Silva, que representava Joesley e suas empresas, Willer voltou a falar sobre “o relacionamento íntimo com o juiz Ricardo”. Segundo o relato de Francisco, o advogado teria deixado claro “que não haveria promiscuidade, que nunca tinha saído da linha ética”. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no DF, Juliano Costa Couto, teria participado de um encontro com Joesley, Francisco e Willer, no escritório desse último. Segundo Francisco, nessa reunião, “novamente é falado do relacionamento de Willer com o juiz Ricardo”. “Já neste momento, o (Willer) Tomaz foi contratado e foi despachar com o magistrado”, disse Francisco à PGR.

 

Em uma das reuniões, Willer reclamou da bolada acertada — ele queria mais. “Na conversa, o advogado (Willer) Tomaz reclamou dos honorários, cobrou mais por tudo que estava oferecendo e falou que um terço do que cobrou foi para o Juliano Costa Couto, um terço foi para o André (Gustavo Vieira, sócio de uma agência de publicidade) e o restante foi para alguém que não se lembra quem foi”. A remuneração para o procurador Ângelo Vilella teria ficado em R$ 50 mil mensais.

 

O presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto, mencionado no depoimento, disse que ainda não teve acesso ao conteúdo completo das delações. O advogado garantiu não ter exigido, recebido ou negociado qualquer valor. Costa Couto assegurou que não contribuiu em nada para “a condução de fatos delituosos”. Alega que apenas indicou o nome de Willer para atuar em defesa dos interesses do frigorífico.

 

Interferência

 

Em nota, a 10ª Vara Federal esclareceu que, por causa da especialização, lá tramitam mais de 20 grandes operações criminais, como Lava-Jato, Greenfield, Perfídia, Zelotes, Acrônimo e Abate. Segundo informações da assessoria de Comunicação da Justiça Federal, esse trabalho resultou “na média de uma deflagração por semana, para as quais os magistrados decretaram várias prisões e autorizaram busca e apreensão, condução coercitiva e quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático em desfavor de centenas de pessoas físicas e jurídicas”.

 

Na nota oficial, o juízo argumenta, ainda, que “todas as medidas solicitadas foram apreciadas com brevidade e de acordo com as garantias devidas às pessoas envolvidas. Dessa forma, mostram-se infundadas quaisquer declarações do investigado Joesley Batista sobre eventual interferência na condução das investigações no âmbito da Justiça Federal de Brasília, que prejudique o andamento dos processos ou influencie a independência dos magistrados que atuam na 10ª Vara”.

 

Controle

Por determinação judicial, o escritório de Willer foi monitorado pela Polícia Federal “a fim de acompanhar a entrada e a saída de pessoas, notadamente aquelas com relação às investigações em curso”. A determinação ocorreu em 2 de maio e foi chancelada pelo relator da Lava

 

R$ 50 mil

Valor mensal que o procurador da República Ãngelo Goulart Vilella teria recebido de Willer Tomaz a “título de ajuda de custo”

 

Doações a brasilienses

 

A quebra do sigilo das delações da JBS evidenciou a magnitude da influência da empresa no cenário político brasileiro. O principal executivo do conglomerado, Joesley Batista, listou doações a 1.829 candidatos de 28 partidos durante a corrida eleitoral de 2014. Os, à época, concorrentes ao Palácio do Buriti estão entre os que contaram com as contribuições — Agnelo Queiroz (PT), Jofran Frejat (PR) e Rodrigo Rollemberg (PSB) receberam, juntos, R$ 985.899.

 

Entre os candidatos ao Executivo local, Rollemberg é o que mais recebeu doações. O governador do DF obteve R$ 852.832 da JBS. A maior parte das transações passou, antes, pelas mãos da Direção Distrital do PSB. Apenas em uma oportunidade, dois dias antes de ser eleito, a doação — de R$ 450 mil — ocorreu de maneira direta, via transferência eletrônica. A JBS ainda destinou R$ 500 mil à campanha de Frejat, por meio de depósito em espécie, em 24 de outubro, dois dias antes do segundo turno das eleições. O montante tramitou, de maneira prévia, no Diretório Nacional do PR.

 

A Agnelo Queiroz, a JBS dividiu o repasse de R$ 83.067 em onze parcelas — todas pagas quando o petista já havia deixado a corrida pelo Palácio do Buriti. Os subsídios foram destinados ao ex-governador pelo Comitê Financeiro Único do PT.

 

O deputado federal Ronaldo Fonseca (Pros-DF) também foi beneficiado pelas doações. O parlamentar recebeu, por meio da Direção Nacional do partido, R$ 75 mil — divididos entre uma parcela de R$ 25 mil e noutra, de R$ 50 mil. Os distritais não ficaram para trás. Durante a corrida por um assento na Câmara Legislativa, Julio Cesar (PRB) recebeu R$ 9.545 e Rodrigo Delmasso (Podemos), R$ 34.695.

 

Há, ainda, nomes conhecidos pelo brasiliense que, apesar das doações, não conseguiram emplacar a candidatura. É o caso do Dr. Charles (PR). O ex-distrital recebeu R$ 100 mil durante a campanha eleitoral. Outros concorrentes do PRB também foram agraciados com os valores, como Valdeni Leite da Silva (R$ 10.445 mil) e Claudeci Xavier (R$ 2.450 mil).

 

Ao Correio, Paulo Fona, porta-voz do governo socialista, informou que as doações são “absolutamente legais”. “Os valores recebidos foram declarados à Justiça Eleitoral e, posteriormente, aprovados”, acrescentou.

 

Jofran Frejat alegou que, por receber o valor via Diretório Nacional, não tem detalhes sobre a origem do dinheiro. “Tive apenas um mês de campanha. Então, sequer chequei a parte financeira. A doação foi feita ao partido, que a direcionou a mim”, explicou.

 

A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Agnelo Queiroz. Ainda assim, o valor que consta na lista de Joesley, está discriminado na prestação de contas do petista à Justiça Eleitoral, assim como na dos demais mencionados na reportagem.


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