04/05/2022 às 06h06min - Atualizada em 04/05/2022 às 06h06min

Pacheco e Fux tentam uma trégua institucional entre os Poderes

Presidentes do Supremo, Luiz Fux, e do Senado, Rodrigo Pacheco, tentam distensionar a República em meio a críticas ao Judiciário e a desavença com militares. Para o senador, eleições não podem ser alvo de "arroubos antidemocráticos"

Em busca de uma solução para a crise entre os Poderes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu, na tarde de ontem, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux. O parlamentar reforçou o apoio e o respeito do Congresso Nacional à Corte, diante dos sucessivos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL).
 
O encontro durou 45 minutos e aconteceu na presidência do STF. Na saída, Pacheco conversou com os jornalistas e reiterou a busca pelo diálogo entre os Poderes. Ele destacou o papel moderador do Legislativo.
 
"Pode haver acontecimentos pontuais, mas que não se refletem em uma crise. Evidentemente, o Congresso Nacional tem o seu papel de moderação, de busca de consenso", disse.
 
Pacheco afirmou que o encontro com Fux se deu pela "necessidade da manutenção do diálogo e da relação entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, algo também recomendável em relação ao Executivo".
 
Perguntado sobre a lisura do pleito deste ano, o senador demonstrou preocupação. Afirmou que as eleições não podem ser usadas para "arroubos antidemocráticos" em favor do fechamento do STF.
 
O encontro ocorreu em meio ao mal-estar entre a Corte e o Executivo, intensificada após o perdão concedido pelo presidente Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). A crise se agravou com a participação do chefe do Executivo nas manifestações de 1º de Maio. Com o mesmo repertório das manifestações de 7 de Setembro, os bolsonaristas tinham, entre as pautas, a destituição dos ministros da Corte, o fechamento do STF e a intervenção militar.


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