21/05/2017 às 11h48min - Atualizada em 21/05/2017 às 11h48min

Adversários evitam ataques a presidente da OAB-DF

A principal oposição a Juliano Costa Couto é interna. A vice-presidente da OAB-DF, Daniela Teixeira, é apontada como dissidente do grupo que chegou ao comando da entidade com o apoio do advogado Ibaneis Rocha. Mas ela também não tem feito gestos públicos contra o presidente da Ordem.

A principal oposição a Juliano Costa Couto é interna. A vice-presidente da OAB-DF, Daniela Teixeira,
 
 

 

 

Em meio à crise provocada pela Operação Patmos, o presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto, tem sido poupado de ataques. Adversários estão cautelosos e não pretendem usar, pelo menos agora, a citação do nome de Juliano numa guerra pelo poder na entidade. Em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República, o advogado Francisco de Assis e Silva, que representa o empresário Joesley Batista, disse que combinou pagamento de uma bolada de R$ 8 milhões em honorários para o advogado Willer Tomaz, sendo que um terço desse montante seria destinado a Juliano. Metade foi pago no momento do acordo e o restante seria liberado se o dono da JBS não fosse denunciado na Operação Greenfield, conduzida pelo Ministério Público Federal. Juliano diz que apenas indicou Willer a Joesley, não recebeu dinheiro e que não sabia que o serviço incluía a compra de um procurador da República, como aponta a investigação.

 

Grupo dividido

 

A principal oposição a Juliano Costa Couto é interna. A vice-presidente da OAB-DF, Daniela Teixeira, é apontada como dissidente do grupo que chegou ao comando da entidade com o apoio do advogado Ibaneis Rocha. Mas ela também não tem feito gestos públicos contra o presidente da Ordem.

 

Mandou bem 

 

A investigação da Procuradoria-Geral da República que envolve o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) encerra rumores de que Operação Lava-Jato só alcança petistas e seus aliados. 

 

Mandou mal 

 

O procurador da República Ângelo Goulart Vilela, que esteve no Congresso em defesa das 10 Medidas de Combate à Corrupção, é suspeito de receber propina em troca de informações sobre investigações contra o grupo JBS.

 

Habitué

 

O empresário Paulo Octávio esteve várias vezes na mansão da QI 1 onde funciona o escritório de Willer Tomaz. O advogado, preso na Operação Patmos, arrendou a rádio do ex-vice-governador e, segundo conta quem também frequenta a casa, Paulo Octávio é um habitué. Depois da prisão de Willer, muita gente vai negar relacionamento com o advogado. Mas ele recebia muitas visitas em seu escritório. 

 

Arranhão da JBS

 

Ninguém escapa sem um arranhão da lama da Lava-Jato. A oposição a Rodrigo Rollemberg (PSB) já começa a divulgar as doações que ele recebeu do grupo JBS nas últimas eleições. São oficiais. Foram declaradas na prestação de contas à Justiça Eleitoral, mas até explicar isso no meio de uma campanha... 

 

Destaque:

 

“Ó, fala pra ele (o bebê) assim: 'nós estamos construindo outro Brasil, não se preocupa com isso, não. Na sua hora, nós vamos ter arrumado tudo.'” 

Presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, em conversa na última sexta-feira com jornalistas, entre os quais uma repórter que está grávida, sobre o futuro do país.


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