O juiz Ricardo Prata bloqueou bens num valor total superior a R$ 2 bilhões de duas empresas e dez réus envolvidos em um esquema de fraudes na contratação de fornecedores de refeições para presos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Ocorrida em 2011, a fraude teve o envolvimento do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlos Cachoeira, e foi provada por interceptações telefônicas da Operação Monte Carlo.
Dentre os réus, está o secretário da Casa Civil do governador Marconi Perillo (PSDB), Joaquim Mesquita, que teve R$ 33 milhões bloqueados. Outro aliado do tucano, Edemundo de Souza Dias teve incríveis R$ 397 milhões bloqueados.
Os dois são acusados de omissão por não terem rompido contrato fraudulento feito com as empresas Coral e Cial. Mesquita era secretário de segurança pública na época do escândalo, enquanto Dias ocupou o cargo de presidente da extinta Agência Goiana do Sistema de Execução Penal.
“Tivessem os réus agido com a eficiência exigida pelo cargo e pautados pelo que estabelece o artigo 37 da Constituição, teria a administração pública economizado, desde 10 de junho de 2013 a quantia de R$ 10 milhões.595.520,00 anuais, diferença entre o que a administração pagou à Coral e a Cial, sem base contratual, a partir de quando a cozinha ficou apta à confecção de alimentos até o início da execução do Contrato nº 49/2016”, escreveu a promotora de Justiça Fabiana Lemes Zamalloa do Prado.