O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União) afirmou, na noite desta terça-feira (7/6), que recebeu com surpresa a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) de cancelar sua a transferência de domicílio de Curitiba para a capital paulista.
Por quatro votos a dois, o plenário do tribunal entendeu que o ex-juiz da Lava Jato não comprovou vínculos políticos, afetivos, familiares ou profissionais com São Paulo. A decisão significa que ele não poderá concorrer pelo estado nas eleições de outubro.
Nas redes sociais, o ex-ministro de Bolsonaro avisou que em breve anunciará os próximos passos. Segundo a coluna do Igor Gadelha, no Metrópoles, é grande a probabilidade de Moro vir a se candidatar ao Senado pelo Paraná, onde construiu sua carreira como magistrado.
Cabe recurso da decisão, mas o ex-ministro não deverá recorrer para evitar o risco de perder o prazo final de análise de domicílio para as eleições.
Decisão
A 5ª Zona Eleitoral da capital havia aprovado a transferência do ex-juiz, mas o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) questionou essa decisão alegando que Moro não possui vínculos nem com a cidade nem com o estado. A sigla destacou que ele apontou como residência um hotel.
Já a defesa de Moro argumentou que ele se estabeleceu em São Paulo e resolveu “conduzir toda sua vida política aqui”, e que, apesar de ele mostrar um hotel como residência, ficou lá por longos períodos de estadia. Além disso, destacou que a desqualificação de sua transferência de domicílio seria “um ataque à democracia e aos seus direitos políticos”.