13/06/2022 às 05h37min - Atualizada em 13/06/2022 às 05h37min

Magno Malta faz ataques ao STF em evento de Eduardo Bolsonaro. Vídeo

O ex-senador e pré-candidato capixaba disse que Barroso "bate em mulher" e incentivou luta "do bem contra o mal" nas eleições deste ano

Luciana Lima
Metrópoles

O ex-senador Magno Malta (PL) se destacou por ter comandado a oração na casa do presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018, tão logo o presidente recebeu a notícia de que estava eleito. Agora, depois de quase quatro anos deixado de lado pelo governo, do qual pretendia ser ministro, Malta atraiu novamente os olhares. Ele foi porta-voz de ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em um congresso conservador, realizado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL) em Campinas, neste fim de semana.
 
Pré-candidato ao Senado, Malta encontrou plateia bolsonarista ao fazer a defesa pública do deputado Daniel Silveira, beneficiado por um indulto do presidente e dar o tom das críticas aos ministros.
 
“Barroso batia em mulher”
Em palestra, Magno disse que o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, é “defensor de ONGs abortistas” e “bate em mulher”. Segundo o político capixaba, que é pastor evangélico, Barroso é “um dos mais assanhados” ministros sabatinados por ele quando era senador e tratou o atual ministro como “porta-voz dos loucos”.
 
Veja o que Magno Malta diz no vídeo em ataques a ministro do STF:
 
“Esse homem (Barroso) é sabatinado no Senado e, quando é sabatinado, a gente descobre que ele tem dois processos no STJ (Superior Tribunal de Justiça), na Lei Maria da Penha, sobre espancamento de mulher.
“Além de tudo, Barroso batia em mulher. Eu só falo o que eu posso provar. Esse cidadão, posudo, que faz palestra no exterior”, disse o ex-senador.
 
Fachin
 
Magno não poupou críticas a outros ministros. Ele disse não ter recebido Edson Fachin em seu gabinete no Senado, no tempo em que o ministro fazia o corriqueiro beija-mão de senadores, após ser indicado para a vaga. Segundo Malta, a recusa se deu porque Fachin por considerá-lo “ativista” e “esquerdista”.
 
“Fachin bateu na porta de pastores querendo falar comigo, bateu na porta de advogados, foi ao meu gabinete. Eu não o recebi. Ativista, comandante de comício, esquerdista, com pautadas definidas”, classificou o ex-senador.
“Quando ele diz que o mundo e os embaixadores precisarão aceitar, de imediato, o resultado das eleições e que Bolsonaro é obrigado a aceitar o resultado das eleições. Peraí, Fachin: as eleições estão decididas? Quando ele diz que Bolsonaro é obrigado a aceitar, ele está dizendo que está decidida?”, questionou Malta.
 
“Não existe fake news”
 
Durante sua palesta, Malta chamou ao palco o deputado Daniel Silveira (RJ), que teve decretadas sua prisão e perda de mandato, por ataques ao ministro Alexandre de Moraes, mas foi salvo por um indulto do atual presidente. Silveira foi ovacionado pela plateia ao entrar no palco enquantro trechos de discursos de Moraes e de Rosa Weber era exibidos em um telão sob vaias e xingamentos da plateia.
 
Ao mostrar a face de Alexandre de Moraes na tela, Malta ainda questionou o processo, do qual o ministro é relator, que acusa o próprio presidente e apoiadores de serem propagadores de notícias falsas. Malta questiona a motivação da acusação: “Vou dizer, não existe tipo penal chamado fake news”, disse o pastor.
 
“Sangue derramado”
 
Malta ainda apelou pelo engajamento dos presentes à pauta bolsonarista e lembrou o atentado contra o atual presidente, ainda na campanha, em 2018: “Eu vou tratar desses quatro meses, que podem definir a vida do Brasil e a vida do mundo”, disse. “A pauta será a mesma: Deus, pátria, família e liberdade”. “Foi o sangue de um homem derramado em praça pública”, disse. “Bolsonaro teve seu sangue derramado por amar demais esse país”, destacou.
 
“Temos um trabalho a longo prazo a fazer. Nós dormimos 30 anos e eles construíram, sectarizaram o país, entre sulinos, nordestinos, brancos, negros, índios, donos da terra, quilombolas. Foram sectarizando e foram fazendo reféns”, disse o ex-senador.
 
Rodrigo Pacheco
 
O político capixaba ainda voltou artilharia contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) que, segundo ele, chegou ao poder com a ajuda de Bolsonaro e agora nada faz para barrar abusos dos ministros.
“Estamos esquecendo de cobrar sobre qem ainda tem poder institucional sobre o Supremo Tribunal Federal. Cadê o Senado? Cadê Rodrigo Pacheco?”, questionou o ex-senador. “Ele virou presidente com ajuda de Jair Bolsonaro. Com a mão de Deus e mão de Bolsonaro”, disse


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