21/06/2022 às 07h35min - Atualizada em 21/06/2022 às 07h35min

PCDF prende grupo que fraudou certidão e “comprou” fazenda de R$ 15 mi

O esquema criminoso falsificou documentos de uma propriedade milionária da qual os verdadeiros donos são idosos em estado delicado de saúde

Carlos Carone Mirelle Pinheiro
Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou uma operação, nas primeiras horas desta terça-feira (21/6), para desarticular um grupo criminoso especializado na falsificação e no uso de documentos forjados para simular a propriedade de fazendas milionárias em Goiás, uma delas avaliadas em cerca de R$ 15 milhões e outra em R$ 10 milhões.
 
A Operação Looping 2, conduzida pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), cumpriu sete mandados de prisão temporária e 11 de busca e a apreensão no Lago Sul, Vicente Pires, Águas Claras, Setor de Indústrias Gráficas (SIG), Guará, Gama, além dos municípios goianos de Padre Bernardo, Mimoso, Águas Lindas e Goiânia. Foram apreendidos R$ 35 mil.
 
Entre os alvos estão dois empresários, um ex-tabelião (alvo da 1ª fase), um tabelião interino, o CEO de um escritório de advocacia do Lago Sul e outras três pessoas que ajudaram na fraude.
 
De acordo com as investigações, um antigo tabelião do cartório de notas e registro civil de Limeira (MG) havia falsificado documentos, entre eles uma certidão da Terracap, e invadido uma expressiva área pública que teria sido dada como garantia de empréstimo.
 
Fazenda de R$ 15 milhões
A partir de então, a PCDF mapeou a confecção das procurações falsas que outorgavam direitos fraudulentos sobre o terreno. O mesmo ex-tabelião, que chegou a ser afastado por irregularidades em 2015, havia feito outra procuração falsa, em 2016, em um cartório do DF. O objetivo era transferir uma segunda fazenda localizada na cidade de Mimoso (GO), pertencente a um espólio e avaliada em, aproximadamente, R$ 10 milhões.
 
Os investigadores apuraram que o esquema de falsificação lavrou uma terceira procuração com uso de documentos falsos na cidade de Dom Bosco (MG), relacionada a uma fazenda de R$ 15 milhões. O bando aproveitou-se do fato de os verdadeiros proprietários serem idosos com a saúde comprometida.
 
Os envolvidos no crime responderão pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, esbulho processório e associação criminosa.


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