26/05/2017 às 14h56min - Atualizada em 26/05/2017 às 14h56min

Baixa adesão leva Saúde a prorrogar vacinação contra o Influenza

Apenas 67,9% pessoas foram imunizadas

Assessoria de Comunicação Social

 

 

 

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal prorrogou até 9 de junho a campanha de vacinação contra o Influenza. O motivo é a baixa adesão. Dados divulgados nesta sexta-feira (26), que seria o último dia de campanha, revelam que apenas 466.500 pessoas, ou seja, 67,9% do público alvo, foram imunizadas.

 

Agora, a pasta pretende intensificar a imunização. "Elaboramos várias estratégias para organizar vacinação nas creches com apoio da Secretaria de Educação. Em parceria com os hospitais privados que solicitarem, vamos distribuir a vacina para imunizar os funcionários. Também vamos passar a fazer a vacinação nas nossas unidades hospitalares. Dessa forma, aumentaremos a imunização das puérperas, que são as mulheres que acabaram de ter filhos", disse o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Daniel Seabra, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (26). O subsecretário de Vigilância à Saúde, Marcos Quito, também participou do evento.

 

Segundo Seabra, a ideia é que as gestantes também sejam imunizadas durante a consulta do pré-natal e nos ambulatórios de consultas obstétricas. Os núcleos de Vigilância Epidemiológica irão aos hospitais da rede pública vacinar os servidores que atuam nas unidades.

 

"Necessitamos vacinar, ainda, um terço da população prevista. Esse é o principal motivo para prorrogar esse tempo. A vacinação ocorre nesse período para proteger as pessoas com maior vulnerabilidade. Com o período de inverno, o vírus tem maior circulação. Por isso, é importante se vacinar em tempo oportuno", orientou.

 

A Secretaria de Saúde recebeu 755.900 doses do Ministério da Saúde. Destas, 663.900 foram distribuídas à rede.

 

CRIANÇAS – A baixa adesão à campanha de vacinação ocorre em todo o Brasil, que teve uma cobertura média de apenas 68%. No Distrito Federal, o secretário enfatizou que a preocupação é maior em relação aos grupos de crianças, idosos e doentes crônicos, que têm maior vulnerabilidade.

 

As crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, que dependem dos pais para serem levados às Unidades Básicas de Saúde, tiverem apenas 46% da estimativa atendida. Das 67.082 crianças, apenas 37.722 foram vacinados. Dos 203.639 idosos, 175.749 foram vacinados; bem como as pessoas com doenças crônicas, sendo que 82.799 receberam a dose do total de 115.729 estimados.

 

Seabra lembrou que adesão à vacina no Distrito Federal tende a diminuir, porque há menos número de óbitos. "A sensibilidade para prevenção cai, mas precisamos que a população atenda a esse chamado para manter baixo o número de óbitos em razão da doença. Em 2017, tivemos duas mortes causadas pelo H1N3, que é um vírus menos comum. Em 2016, foram 17 óbitos pelo tipo o H1N1", finalizou.

 

PÚBLICO-ALVO – A campanha abrange profissionais de saúde, professores, povos indígenas, gestantes em qualquer idade gestacional, puérperas (até 45 dias pós-parto) e crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos 11 meses e 29 dias). Inclui, ainda, a população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em cumprimento de medidas socioeducativas, indivíduos com idade superior a 60 anos e portadoras de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico.


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