A primeira reunião do grupo de trabalho criado pela Polícia Federal para fiscalizar as urnas eletrônicas e os sistemas de apuração de votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ocorreu na última terça-feira sem a presença de nenhum integrante da Corte.
O TSE informou que nem sequer foi convidado para participar do encontro, embora a portaria da PF que criou o grupo estabelecesse que o trabalho ocorreria “sob coordenação” do tribunal.
O grupo de trabalho é formado por três delegados da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), setor da PF que cuida dos casos mais sensíveis em andamento na corporação, e sete peritos.
Segundo a Polícia Federal, não há um calendário fixo de reuniões. Em nota, a corporação afirmou que o “grupo se reunirá periodicamente para discutir a melhor forma de contribuir com o TSE”, mas não respondeu quais serão as diretrizes do trabalho nem que tipo de contribuição espera dar à Corte.
O grupo foi criado dias depois de o ministro da Justiça, Anderson Torres, enviar ofício ao presidente do TSE, Edson Fachin, afirmando que a PF participará de “todas as etapas do processo de fiscalização e auditoria” do sistema eleitoral.
A expectativa é que a PF faça um movimento semelhante ao do Exército em uma comissão criada pelo TSE para garantir a transparência das eleições.