O candidato à Presidência da República Ciro Gomes mirou Lula (PT) e Bolsonaro (PL) – líderes das pesquisas de intenção de voto – em seu discurso após ser confirmado como nome oficial do PDT ao pleito eleitoral. O pedetista teve o nome lançado em convenção partidária realizada nesta quarta-feira (20/7), na sede da sigla, em Brasília.
Ciro declarou que o atual presidente é resultado dos equívocos cometidos por governos petistas. “O que o lulismo conseguiu foi parir Bolsonaro. E que obra monumental”, ironizou o presidenciável.
Segundo o pedetista, o presidente da República é um produto da construção magoada e iludida do povo brasileiro.
“É por isso que Lula e Bolsonaro querem transformar esta eleição na mais vazia de debates de ideias, vulgar, personalista e odienta. Um alimentando o outro, resumindo tudo a uma trágica disputa pessoal. Disputam entre si quem é o mais corrupto, quem é o mais autoritário, quem é o mais fascista ou quem é o mais comunista”, disparou o pedetista.
“Legado de fragilidade”
Ciro defendeu que a gestão petista da Presidência deixou um “legado de fragilidade”. “Fernando Collor preparou a cozinha, Fernando Henrique serviu a mesa, e Lula temperou o prato. Dilma e Temer só requentaram o prato”, disse.
“O PT governou o país por longos 14 anos, mesmo assim estão pedindo para voltar. Será que voltarão para conseguir mais enganações e incompetências? Que milagre é esse que querem fazer em quatro anos o que não conseguiram em 14? O pior é que os ‘santos’ são os mesmos e eles estão muito piorados”, continuou.
“Festival de mentiras”
O pedetista resumiu a gestão bolsonarista como um “festival de mentiras, agressões, manipulações e desmandos”. “Nunca o Brasil teve um presidente tão insensível e tão incompetente quanto Bolsonaro”, criticou, entoando um coro de “Fora Bolsonaro”. “Bolsonaro tem imensa culpa, mas não é apenas causa, é efeito de uma escola corrupta de governar”, disse.