O Tribunal do Júri de Goiânia condenou nesta terça-feira (9) Vanuza Lima da Cruz, de 40 anos, oito anos e oito meses de reclusão pelo crime de homicídio, além de seis meses de detenção em relação à fraude processual. A mulher foi acusada de matar o amante, Erlan Correa da Silva, de 48 anos, com golpes de facão no Setor Jardim Conquista, em 31 de outubro de 2020. Cabe recurso.
Vale citar, durante o julgamento o Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu a condenação da ré por homicídio qualificado. Já a defesa pediu absolvição por “inexigibilidade de conduta diversa na ação da acusada”. Presa desde o dia do fato, a acusada alegou que matou o amante por ser agredida e estuprada pela vítima.
A pena aplicada pelo juiz Jesseir Coelho após entendimento do júri deverá ser cumprida na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia. O regime inicial é fechado. Além disso, segundo ele, “merece a acusada aguardar o trânsito em julgado da sentença presa no estabelecimento comercial em que se encontra”.
Relembre o caso
Segundo os autos, a denunciada morava com o companheiro há mais de 14 anos. No dia do fato, decidiu sair da casa depois de uma discussão. Na noite do dia 31 de outubro, Vanusa se encontrou com Erlan, com o qual mantinha um relacionamento amoroso extraconjugal.
Após ingerirem bebida alcoólica juntos por aproximadamente uma hora, foram para a casa de Vanusa, onde ela matou a vítima com golpes de facão na cabeça. Depois de cometer o homicídio, a suspeita levou o corpo da vítima até o quintal, onde o colocou dentro de uma cama box com outros objetos. Em seguida, conforme a denúncia do Ministério Público, ela lavou o piso e a parede da casa na tentativa de fazer desaparecer vestígios de sangue.
Vanuza segue em prisão provisória há mais de um ano. À época, o magistrado explicou: “Desde a denúncia consta que a denunciada é violenta, ameaça pessoas, além de praticar roubos e se prostituir para adquirir drogas. Isso demonstra a gravidade da sua conduta e perigo para sociedade.” Vale citar, ela chegou a ser presa após o crime e foi solta em maio de 2021 com tornozeleira eletrônica. Em julho, após a conclusão da investigação, Jesseir determinou que ela fosse colocada em prisão provisória.
Também na decisão que determinou júri, o juiz indeferiu o pedido de revogação da prisão e substituição de outras medidas cautelares diversas da prisão preventiva, “tendo em vista persistirem os fundamentos do decreto preventivo, e que não foram apresentadas novas circunstâncias capazes de alterar este entendimento”.