O Ministério Público Eleitoral (MPE) impugnou, nesta sexta-feira (19/8), o registro de candidatura do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda nas Eleições de 2022. O político busca um cargo de deputado federal na Câmara dos Deputados após desistir de voltar ao posto de chefe do Executivo local.
No documento, a Procuradoria Regional Eleitoral no Distrito Federal (PRE-DF) diz que Arruda é inelegível, com base na Lei Complementar nº 64 de 1990, por ter contra si sentenças condenatórias por ações de improbidade administrativa na Operação Caixa de Pandora, divulgada pelo delator Durval Barbosa. À época, ele gravou um vídeo em que recebia propina em dinheiro do ex-governador do DF em 21 de outubro de 2009.
Saiba o que diz a defesa de Arruda
Procurado pela reportagem, o advogado de Arruda, Paulo Emílio Catta Preta, afirma que vai elaborar a defesa de toda e qualquer impugnação que venha a ser feita ao registro da candidatura do cliente. (Estamos) confiantes na elegibilidade de Arruda", declara.
Em relação à decisão do Superior Tribunal Federal (STF) dessa quinta-feira (18/9), que considerou o ex-governador inelegível, Paulo Emílio diz que ainda não pode antecipar os fundamentos defensivos. "Nos parece que a decisão do STF não atinge a elegibilidade do Arruda", conclui o advogado.
Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (19/8) nas redes sociais, Arruda defende que a candidatura está registrada na Justiça Eleitoral do DF.