23/08/2022 às 06h40min - Atualizada em 23/08/2022 às 06h40min

Lula sai em defesa de Janja contra ataques de bolsonaristas

(crédito: Reprodução/Facebook)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira (22/8) a esposa, Janja da Silva, que vem sofrendo ataques de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista afirmou ainda que nunca incluiu em suas campanhas ataques pessoais a seus adversários.
 
“Eu jamais envolvi qualquer mulher de presidente em campanha. Aliás, eu jamais incluí problemas pessoais dos meus adversários na política. Eu não quero saber se meu adversário é católico, se é evangélico, se ele cheira ou não cheira, se bebe ou não bebe”, disse o ex-presidente, em coletiva de imprensa realizada para veículos internacionais e jornalistas estrangeiros em São Paulo.
 
 
“Quando você começa a envolver mulher em campanha, é porque você não tem o que falar. Partindo de quem parte, a gente sempre tem que esperar o pior. Daquele mandacaru não nasce flor cheirosa, é só coisa ruim”, completou.
 
Nos bastidores da campanha de Bolsonaro, estaria sendo estudada a ideia de usar imagens de Janja ligadas a religiões de matriz africana para desgastar o apoio ao petista entre os evangélicos. Em suas redes sociais, Janja tem fotos com símbolos do candomblé e da umbanda. A ideia é usar essas imagens nas propagandas eleitorais gratuitas, que têm início na sexta-feira.
 
"Cópia malfeita de Trump"
Questionado sobre a possibilidade de Bolsonaro não aceitar o resultado das urnas eletrônicas, caso perca, Lula respondeu que não vê esse risco. “Nós tivemos um presidente que não quis passar a faixa para o outro. Não tem problema, isso é o de menos. O importante é que as pessoas saibam que vai ter uma eleição”, disse o candidato. Ele também comparou o adversário com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que tentou desqualificar o resultado das eleições americanas em 2020, vencidas por Joe Biden.
 
“O Bolsonaro é uma cópia malfeita do Trump. O Trump também tentou evitar aceitar o resultado. Tentaram invadir o Capitólio, e (Trump) teve que ceder”, afirmou ainda Lula. “E eu tenho certeza que, no Brasil, o resultado vai ser aceito sem nenhum problema. (...) É dado a quem perde o direito de lamentar, o direito de chorar.”


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