04/09/2022 às 04h15min - Atualizada em 04/09/2022 às 04h15min

"PT mostrou 'democracia' que pretende instaurar no país", diz Moro sobre operação

Operação autorizada pela Justiça Eleitoral apreendeu materiais de campanha do candidato ao Senado por desconformidade entre o tamanho da fonte do nome dele relativamente aos dos suplentes

Rafaela Gonçalves
Correioweb
(crédito: Podemos/Reprodução)


A assessoria do ex-juiz Sergio Moro (União) se manifestou, em nota, sobre a operação de busca e apreensão, realizada neste sábado (3/9), de materiais de campanha no comitê do candidato ao Senado pelo Paraná. A Justiça concordou que havia “desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente à dos suplentes”.
 
“A busca e apreensão se refere tão somente a, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular. Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão. A busca e apreensão foi feita na residência, uma vez que o endereço foi indicado no registro da candidatura. No local, nada foi apreendido”, diz a nota.
 
Moro também usou suas redes sociais para criticar a ação: “Hoje, o PT mostrou a “democracia” que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido”, publicou.
 
 “Nada comparável aos bilhões de reais roubados durante os governos do PT e do Lula. Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família”, completou o ex-juiz da Lava-Jato.
 
A operação
A Justiça Eleitoral cumpriu mandados de busca e apreensão de materiais de campanha nos endereços dos comitês do ex-juiz Sergio Moro (União) e de Paulo Martins (PL), dois dos principais candidatos à disputa pelo Senado no Paraná. As medidas foram solicitadas pela Federação Brasil da Esperança, liderada pelo PT, que apontou irregularidades nas peças de campanha dos dois candidatos.
 
Mais de 300 links terão de ser removidos pelas duas campanhas, por determinação judicial. Para a relatora, algumas publicações “sequer mencionam o nome dos suplentes, em absoluta inobservância à legislação eleitoral.” Um dos locais objeto de busca e apreensão é o apartamento residencial de Sérgio Moro, indicado pela campanha como sede de seu comitê central.


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