06/09/2022 às 06h51min - Atualizada em 06/09/2022 às 06h51min

7 de Setembro: caravanas de todas as regiões começam a chegar ao DF

Ônibus e caminhões não poderão entrar na Esplanada dos Ministérios e grande esquema de segurança foi montado na capital

Os apoiadores que atenderam ao chamado do presidente Jair Bolsonaro (PL) já começam a chegar a Brasília para o ato político que vai ocorrer durante e após o desfile militar que celebra os 200 anos da Independência do Brasil. A maioria chega em caravanas que partem de todas as regiões do país, mas principalmente de estados vizinhos à capital, como Goiás, Bahia e Minas Gerais.
 
Não há uma coordenação central dessas caravanas, mas militantes bolsonaristas calculam entre 300 e 600 o número de ônibus que já chegaram ou estão a caminho do DF. Se cada veículo carregar 45 pessoas, seriam, no mínimo, 13,5 mil visitantes de outros estados para celebrar o feriado em Brasília e mostrar apoio à reeleição do presidente.
 
Os veículos particulares, como ônibus, caminhões, motorhomes, carros e tratores, estarão proibidos de ocupar a Esplanada dos Ministérios, onde ocorrerá o desfile, e as forças de segurança do DF definiram três pontos principais para abrigar os grandes veículos: o Parque Leão, no Recanto das Emas, o Parque de Exposições da Granja do Torto, entre Sobradinho e Plano Piloto, e estacionamentos do Parque da Cidade, na Asa Sul. Desde o fim de semana, porém, já era possível ver os primeiros ônibus de caravanas em estacionamentos dos setores hoteleiros de Brasília.
 
A reportagem encontrou, nas redes sociais, registros de caravanas viajando de estados de todas as regiões, incluindo aqueles que também têm atos bolsonaristas marcados para o 7 de Setembro, como São Paulo e Rio de Janeiro.
 
Veja postagem feita na segunda (5/9) por militante em caravana que saiu do estado mais ao sul do país para enfrentar cerca de 3 mil km de estrada até a capital:
 
Há também caravanas vindo de cidades como Salvador, Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia; Vitória e Guarapari, no Espírito Santo; Imperatriz, no Maranhão; Água Boa e Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso; Belo Horizonte, Governador Valadares e Uberlândia, em Minas Gerais; Conceição do Araguaia, no Pará; e Porto Velho, em Rondônia.
 
Como a viagem do estado vizinho é curta, porém, a maioria das caravanas deve fazer um bate e volta no dia do feriado, sem pernoitar em Brasília.
 
As caravanas goianas saem principalmente da capital, Goiânia, e da região sudoeste do estado, onde o agronegócio é mais forte. Se em estados mais distantes o investimento de cada militante no transporte pode superar os R$ 300, o valor da passagem para caravanas de Goiânia ou Anápolis gira em torno de R$ 40.
 
No caso de cidades mais distantes, como Mineiros, município a mais de 600 km de Brasília, empresários do agro estão bancando os ônibus. O mesmo ocorre em cidades do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.



Esquema de segurança

Caminhões e outros veículos particulares não poderão entrar na Esplanada, que está interditada desde a noite de segunda, ou se aproximar do STF. Só será possível entrar na região central de Brasília a pé e após passar por revista policial. O objetivo é impedir a participação de pessoas com materiais perfuro-cortantes.
 
Um protocolo de ações foi elaborado pelo governo local e pelas forças federais após uma série de reuniões com integrantes de órgãos federais e da capital. A estratégia foi traçada com base em levantamentos de inteligência. Foram levados em conta a segurança de participantes, a mobilidade urbana e a preservação do patrimônio público.
 
Além de intervenções no trânsito, o documento prevê ações de policiamento, relação de objetos proibidos, reforço nos atendimentos de emergência e de delegacias específicas para registro de ocorrências.
 
O monitoramento das áreas envolvidas ocorrerá em tempo real, por meio das câmeras de videomonitoramento, distribuídas na área central de Brasília, por pontos de observação instalados pela segurança pública em locais estratégicos e pela inteligência, com monitoramento de redes sociais, entre outros.
 
Atiradores de elites, os snipers, também deverão fazer parte do policiamento, informou a Secretaria de Segurança do DF, que também vai instalar barreiras anti-drones na região central.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »