02/06/2017 às 09h06min - Atualizada em 02/06/2017 às 09h06min

AGU cobra R$ 1,6 milhão de sindicatos por danos no Ministério da Agricultura

Segundo órgão, montante corresponde a prejuízos na infraestrutura e na paralisação das atividades da pasta durante a manifestação. Força Sindical diz que ação foi causada por black blocks infiltrados

G 1

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com ação na Justiça para cobrar das centrais sindicais e dos movimentos sociais o ressarcimento pelos danos causados no Ministério da Agricultura. O órgão responsável pelas providências jurídicas do governo diz que os prejuízos foram provocados no último protesto contra o governo do presidente Michel Temer, realizado em 24 de maio.


Segundo a AGU, este é o primeiro processo para pedir ressarcimento de danos deste protesto. São cobrados R$ 1,6 milhão para reparos na infraestrutura do prédio e pelo "prejuízo causado pela interrupção dos serviços da pasta". A AGU entrou com a ação na segunda-feira (29), mas só divulgou nesta quarta (31). O caso será apreciado pela Justiça Federal no Distrito Federal.


“Por causa da violência da manifestação, muitos servidores sequer conseguiram chegar ao local de trabalho e os que conseguiram, tiveram que deixar o prédio.”


Questionada, a Força Sindical – uma das centrais sindicais responsabilizadas – informou que aguarda a notificação judicial, mas que não concorda com a avaliação da AGU. De acordo com o secretário-geral do sindicato, João Carlos Gonçalves, os trabalhadores que viajaram até Brasília vieram para uma manifestação pacífica.

“Eu estava lá, e o que vi foi a provocação de black blocks e a PM e a Tropa de Choque serem incapazes de controlar 150 rapazes."


O processo menciona notícias veiculadas sobre a manifestação, que apontam que a depredação começou após um grupo tentar romper a barreira de proteção da Polícia Militar para acessar o Congresso Nacional.


Segundo a AGU, o fato de não conseguir identificar os manifestantes responsáveis pelos estragos (porque usavam máscaras e camisetas cobrindo o rosto) não justifica a isenção de culpa dos organizadores do protesto.


“Não podem servir como subterfúgio para que vândalos se vejam imunes.”


De acordo com a AGU, o valor cobrado pode aumentar quando o levantamento dos prejuízos for concluído. 


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »