Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 76 anos, e Jair Bolsonaro (PL), 67 anos, disputarão o 2º turno das eleições em 30 de outubro de 2022. Com 99,99% das urnas apuradas até 6h10 desta 2ª feira (3.out.2022), as informações do Tribunal Superior Eleitoral confirmaram que nenhum dos 2 alcançou pelo menos 50% + 1 dos votos válidos....
O petista tem neste momento 57.257.473 votos –48,43% dos votos válidos (sem considerar brancos, nulos e abstenções) e não conseguiu encerrar o pleito no 1º turno, como planejava. Na tentativa de se reeleger, Bolsonaro tem até agora 51.071.106 votos (43,20% dos votos válidos).
Havia grande expectativa do PT de vencer a disputa presidencial no 1º turno. Para evitar um clima de baixo astral entre os militantes, o partido decidiu manter a celebração que estava marcada para a noite deste domingo na av. Paulista, local tradicional de manifestações políticas em São Paulo.
Do lado de Bolsonaro, houve celebração pela ida ao 2º turno. O presidente ganhou mais 4 semanas para tentar reverter o cenário que tem contra si, que continua adverso.
A campanha foi marcada pela polarização entre Lula e Bolsonaro e fortes críticas de um contra o outro. O confronto direto, sem outros oponentes, acirrará a disputa nas próximas 4 semanas.
Nos últimos dias antes do 1º turno, ambos intensificaram as acusações, especialmente nas propagandas de rádio e televisão. A tendência é que o tom suba ainda mais até a votação decisiva.
O atual presidente deu amplo destaque aos escândalos de corrupção de gestões petistas, especialmente os investigados pela operação Lava Jato. Disse que Lula não foi absolvido. O petista segue com problemas na Justiça. Nos últimos comerciais televisivos, Bolsonaro usou as frases “Lula, ladrão. Seu lugar é na prisão” e “Ladrão nunca mais”.
O ex-presidente, por sua vez, criticou a condução da economia no atual governo, com foco no aumento da extrema pobreza e da fome. Também tratou seu principal opositor como mau gestor, político despreparado e sem interlocução internacional.
Ambos tinham como objetivo aumentar a rejeição adversário. A estratégia, no entanto, não prejudicou Lula da forma que Bolsonaro desejava. Pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de setembro mostrou que 36% diziam que não votariam no petista “de jeito nenhum”. A taxa recuou 5 pontos percentuais em 15 dias (era de 41% no levantamento de 11 a 13 de setembro).
Ambos tinham como objetivo aumentar a rejeição adversário. A estratégia, no entanto, não prejudicou Lula da forma que Bolsonaro desejava. Pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de setembro mostrou que 36% diziam que não votariam no petista “de jeito nenhum”. A taxa recuou 5 pontos percentuais em 15 dias (era de 41% no levantamento de 11 a 13 de setembro).
O presidente da República termina o 1º turno com uma taxa de rejeição mais alta do que seu principal oponente: 53%. O percentual oscila na redondeza dos 50% desde março, sem sinal de que possa recuar.
Ele continuará a dizer que Lula é corrupto em seus comerciais. Deve tentar potencializar os efeitos positivos da economia para atrair os eleitores de centro que rejeitam o petista. Também seguirá esperando algum efeito do Auxílio Brasil de R$ 200 que são pagos a 20 milhões de famílias. Até agora, o impacto desse benefício foi imperceptível na taxa de aprovação do governo.
2° turno, campanha presidencial recomeça nesta segunda
A pós um primeiro turno polarizado. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 48,39% dos votos válidos, contra 43,23% de Jair Bolsonaro (PL), nesse domingo (2/10). Com a confirmação das apurações, o relógio começa a contar 28 dias até o segundo turno.
Em busca dos eleitores indecisos, o tom dos discursos na segunda fase da campanha deverá focar no antipetismo. Temas sensíveis, como a prisão de Lula pela Lava Jato e as denúncias de corrupção durante seu governo, certamente farão parte da estratégia.
Estima-se ainda que aconteça uma disputa pelos eleitores da terceira via – os apoiadores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Ambos avançaram na campanha com um discurso de ataques tanto a Lula quanto a Bolsonaro.
O cenário, no entanto, poderá ser definido a partir das alianças de legendas nesta segunda etapa. Como uma ala do União Brasil é antibolsonarista, mesmo com viés ideológico de direita, a sigla pode se manter neutra agora.
Tebet afirmou que tem posicionamento, mas não falará antes que o líder do MDB, Romero Jucá, e os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do Cidadania, Roberto Freire, conversem a anunciem a decisão. O apoio da senadora é considerado decisivo nesta reta final.
Já Ciro, em entrevista após o fim da apuração, disse que considera a situação do país “desafiadora”. O pedetista pontuou que se posicionará sobre possível apoio depois de uma reunião com líderes do PDT