08/10/2022 às 05h32min - Atualizada em 08/10/2022 às 05h32min

MP faz operação contra corrupção, associação criminosa e outros crimes no Detran (MG).

São cumpridos seis mandados de prisão no Norte de Minas

O Ministério Público de Minas Gerais realiza, na manhã desta sexta-feira (7), operações para combater crimes no âmbito do Detran, no Norte do Estado. São diversos crimes apurados, como corrupção ativa, corrupção passiva, usurpação de função pública, falsidade ideológica e associação criminosa praticados por despachantes, empresários/comerciantes de veículos e policiais civis.

Denominada de Operação Overlook, a ação conta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional Montes Claros, e com o apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais. Foram 70 policiais militares empenhados, além de 19 policiais civis, dois militares do Corpo de Bombeiros, seis promotores de Justiça, oito servidores do MPMG e quatro colaboradores.

São cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Montes Claros, Mirabela, Bocaiúva, Espinosa, Porteirinha e Patis. Foi determinado judicialmente também o bloqueio de bens dos investigados.

As investigações apontaram que existem esquemas de corrupção envolvendo as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) de Mirabela e Bocaiúva, consistentes no pagamento de vantagem indevida a agentes públicos para obtenção de facilidades na realização de vistorias veiculares, transferências, emplacamentos e emissão de documentos. "As vantagens se davam principalmente em relação a proprietários de veículos residentes em outros municípios, que, muitas vezes, sequer tinham que levar os seus automotores para serem vistoriados e ainda assim obtinham a documentação necessária, como se o procedimento tivesse sido realizado", informou a assessoria do MP.

Procurada, a Polícia Civil informou que os mandados de prisão foram expedidos em desfavor de três investigadores de polícia que foram recolhidos na Casa de Custódia da PCMG, onde permanecerão à disposição da Justiça. "A Polícia Civil esclarece que não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores e assegura que todas as transgressões administrativas são apuradas com total independência nos trabalhos correcionais", diz em comunicado.


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