O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a virada de votos para vencer a disputa pelo segundo turno das eleições no próximo dia 30. Também voltou a fazer críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo que, após a sua reeleição, “todos irão se enquadrar dentro das quatro linhas da Constituição”.
Associando novamente os eleitores do primeiro colocado nas intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao crime, Bolsonaro afirmou que "quando ele me passou durante a apuração, onde teve festa no Brasil? Só nos presídios, mais em lugar nenhum". O presidente também reforçou o discurso de que a eleição seria uma luta do bem contra o mal, e que sua vitória seria o bem, que sempre acaba vencendo. O chefe do Executivo participou de comício em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde faz campanha nesta sexta-feira (14/10).
Mais cedo, o candidato do PL deu uma entrevista a podcasts de apoiadores sobre futebol, na qual afirmou que “o Palmeiras foi rebaixado duas vezes, e voltou. Mas na política isso não ocorre. A Venezuela foi rebaixada não volta mais, a Argentina tem 40% do seu povo na linha da miséria, o Chile vai no mesmo caminho, a Colômbia também”.
Bolsonaro também disse não ser o “melhor cara do mundo”, mas que a alternativa agora seria ele ou “o outro cara”. Seguindo nas metáforas com o futebol, destacou que não seria somente ele ou o adversário a chegar ao Planalto, se eleito, mas um time inteiro. “É um dia decisivo no dia 30, não é apenas um cara que vai chegar lá, é um time todo. Veja quais são os atletas do Lula e quais são os atletas do Bolsonaro”, questionou.
“Contra o sistema”
Já no estado do Rio de Janeiro, em Duque de Caxias, durante comício, o presidente provocou os eleitores de Lula, dizendo que eles sequer sabem porque votaram no petista.
Apesar de ser candidato à reeleição, Bolsonaro reforçou o discurso de ser o candidato “contra o sistema”, garantindo ter realizado um “governo sem corrupção”, ao desconsider todas as denúncias de investigação no seu governo.
Contando com o entusiasmo da plateia do comício, o candidato voltou a defender a redução da maioridade penal e, com menos entusiasmo dos presentes, o excludente de ilicitude para policiais. E ressaltou, mais uma vez os feitos do seu governo, como o preço da gasolina, “um dos mais baixos do mundo”, segundo o presidente, e o Auxílio Brasil de R$ 600.
Participaram do evento, ao lado de Bolsonaro, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), o senador reeleito Romário (PL), e a deputada Clarissa Garotinho (União).