15/11/2022 às 06h58min - Atualizada em 15/11/2022 às 06h58min

Condenado pelo TCU, Mantega só poderá ser voluntário na transição de governo

Ex-ministro foi responsabilizado pelas 'pedaladas fiscais' que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016 e, por isso, não pode assumir cargo público até 2030

​Ex-ministro Guido Mantega chefiou pastas econômicas nos governos Dilma e Lula — Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

O ex-ministro Guido Mantega, anunciado na última semana como integrante da equipe de Planejamento, Orçamento e Gestão da transição para o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá que trabalhar de forma voluntária. Condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2016, Mantega está proibido de assumir qualquer cargo público até fevereiro de 2030.

Ao jornal O Globo, o ex-ministro confirmou que irá atuar na equipe de transição temporariamente e sem qualquer tipo de vínculo legal ou remuneração. “Não estou ocupando cargo público. Estou na equipe de transição como colaborador voluntário sem DAS [nomenclatura para cargos no governo] nem remuneração”, contou.

Mantega foi condenado pelas ações fiscais que motivaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Chamadas informalmente de “pedaladas”, as manobras maquiaram as contas públicas em 2013 e 2014. Na época, ele também foi multado em R$ 54 mil por conta de atrasos no repasses a bancos públicos de valores destinados ao pagamento de benefícios de programas sociais. O ex-ministro chefiou a pasta da Fazenda no governo Dilma. Ele também foi ministro da Fazenda e do Planejamento nos dois primeiros mandatos de Lula.

O anúncio do nome de Mantega para a equipe de transição foi feito na última quinta-feira (10) pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que coordena a equipe de transição. Com 50 cargos públicos à disposição – além dos voluntários -, Alckmin marcou para a tarde desta segunda-feira (14), em São Paulo, a divulgação de novos integrantes da equipe.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »