O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, comentou o relatório do Partido Liberal, ao qual é filiado o presidente Jair Bolsonaro (PL), sobre resultado do segundo turno das eleições presidenciais.
Ao falar sobre o assunto nesta quarta-feira (23/11), Lewandowski afirmou que, “se confirmada a tese do PL, teria que anular toda a eleição” - o que impactaria, por exemplo, na vitória de governadores, senadores e deputados da sigla.
“O ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para eles emendarem a inicial. Concordo. Se o defeito está nas urnas, está tanto no primeiro quanto no segundo turno. Se alegar defeito e colocar em xeque toda a votação no segundo turno, evidentemente esse defeito estaria no primeiro turno e aí teria que anular toda a eleição para senador, deputado, governador”.
Nessa terça-feira (22/11), o PL pediu a anulação de 279.336 urnas no segundo turno. No documento, o partido diz que houve falhas insanáveis que colocaram em risco o resultado da disputa entre Bolsonaro e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O texto cita ainda um relatório de auditoria que apontava fragilidade de tecnologia da informação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para colocar em dúvida a segurança da votação.
"O quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à implantação de medidas de segurança da informação mínimas necessárias gera vulnerabilidades relevantes. Isso poderá resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro", diz o PL.
Depois do anúncio, Alexandre de Moraes, presidente do TSE, deu 24 horas para o PL incluir na petição os dados da suposta auditoria também no primeiro turno das eleições, sob pena de indeferimento incial.
“As urnas eletrônicas apontadas na petição foram utilizadas tanto no primeiro quanto no segundo turnos das eleições 2022. Assim, sob a pena de indeferimento da inical, deve a autora auditar a petição inical para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 horas”, escreveu o ministro.