Os senadores Lasier Martins (Podemos-RS), Eduardo Girão (Podemos-CE), Carlos Viana (PL-MG), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Plínio Valério (PSDB-AM) protocolaram nesta quarta-feira (23) um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.
O pedido alega que o ministro cometeu “infrações graves à Lei Orgânica da Magistratura” ao exercer atividade político-partidária, além de episódios envolvendo Barroso.
O documento cita a ida de Barroso à Câmara dos Deputados na véspera da votação da PEC do voto impresso, em 2021, com lideranças partidárias, quando defendeu a manutenção do atual modelo de votação. Segundo os senadores, ele praticou uma interferência em outro Poder.
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Outro caso mencionado ocorreu em Nova York, no dia 15 de novembro, onde o ministro participava de um evento. Ao ser abordado por um bolsonarista na rua, ele disse “perdeu, mané, não amola”.
O pedido ainda cita um jantar que Barroso teve com o advogado Cristiano Zanin, que defende o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva nos processos que o petista enfrenta no âmbito da Lava Jato. Segundo o senador Lasier Martins, o jantar “acentua os casos de relações promíscuas”.
No entanto, os senadores acreditam que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não deve dar prosseguimento ao pedido de impeachment. Desde o ano passado, parlamentares protocolaram outros pedidos de afastamento de ministros do STF, igualmente ignorados por Pacheco.