De todos os investigados na Pandora, Rôney Nemer (PMDB) é o único que detém mandato parlamentar. No âmbito da operação, responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Deputado federal pelo PMDB, foi o terceiro mais votado (82.594 votos) para uma das oito vagas do DF à Câmara dos Deputados nas eleições 2014.
Mas não foi fácil para o político manter o posto. Apenas dois dias após sua diplomação, promotores eleitorais pediram a cassação baseando-se na Lei da Ficha Limpa. Em novembro de 2014, a 3ª Turma Cível do TJDFT foi unânime em condená-lo por improbidade administrativa, no âmbito da Caixa de Pandora, por receber pagamentos do GDF entre 2007 e 2009 para defender os interesses da gestão Arruda no Legislativo (à época do escândalo, ele era deputado distrital).
Em 2016, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o recurso apresentado pela acusação e manteve Nemer na Câmara dos Deputados. Assim, por ser tratar de um congressista, as acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro às quais responde na Pandora hoje tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Luiz Fux.