02/12/2022 às 05h58min - Atualizada em 02/12/2022 às 05h58min

Empregada denuncia patroa por agressão no Lago Sul; PCDF investiga

A vítima, de 53 anos, que sofreu uma fratura no braço e aguarda por cirurgia no Hospital de Base, diz ter sido atacada pela filha da patroa, após uma discussão sobre o cardápio do almoço

Ana Maria
​Correio
(crédito: Material cedido ao Correio)

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga uma mulher de 43 anos acusada de agredir uma empregada doméstica, no Lago Sul. A vítima, de 53 anos, que sofreu uma fratura no braço e aguarda por cirurgia no Hospital de Base, diz ter sido atacada pela filha da patroa, após uma discussão sobre o cardápio do almoço. A suspeita negou a acusação. O caso está sendo investigado pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) como injúria e lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.

De acordo com o boletim de ocorrência, tudo começou após uma discussão sobre o almoço. A empregada, que terá o nome preservado pela reportagem, preparava a refeição quando a patroa - que também não terá a identidade divulgada - teria questionado o cardápio dos próximos dias. Ao responder que faria o “habitual”, a acusada teria chamado a funcionária de preguiçosa e proferido insultos.

Ao tentar sair do local, a contratada teria sido seguida pela patroa até o portão de saída da residência. Neste momento, teria pegado a bolsa, rasgado, derrubado os objetos pessoais da empregada e começado a agredi-la. A vítima passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) e prestou depoimento no sábado (26/11).

De acordo com o IML, na avaliação pericial, a funcionária apresentava lesão cuja reavaliação foi agendada para daqui a quatro meses, prazo necessário para que haja a devida cicatrização e seja verificada a evolução. “O prazo para reavaliação é estabelecido conforme a lesão apresentada, com o objetivo de não prejudicar o resultado pericial necessário à investigação, e preservando a boa qualidade do exame médico-legal”, reiterou o órgão.

Agora, a família aguarda por justiça e por uma vaga para realizar o procedimento médico. O Correio conversou com o filho da vítima. À reportagem, ele explicou que a mãe aguarda na fila de espera. “Entramos na fila, mas para conseguir uma vaga na rede pública é quase um milagre. Mas temos fé que Deus vai abrir as portas. Não conseguimos nada ainda, nenhum retorno”, diz.

Outro lado
A patroa também prestou depoimento. O Correio procurou a suspeita e, em nota, a defesa informou que está à disposição da autoridade policial para qualquer esclarecimento adicional que entenda pertinente. “A defesa técnica ainda não teve acesso à íntegra do inquérito, pelo que, neste momento, não vai tecer maiores considerações acerca do mesmo. Sem prejuízo, antecipo a minha total confiança na equipe da PCDF e na isenta apuração dos fatos, com a oitiva das testemunhas presenciais e provas técnicas”, reiterou a acusada, através dos advogados.

A reportagem procurou, ainda, a delegacia responsável pelo caso. De acordo com a PCDF, a investigação está em caráter inicial, e ainda apura os fatos, por isso, não devem se pronunciar.


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