Um plano de trabalho foi elaborado pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) para incentivar os brasilienses a manterem viva a cultura de respeito e uso correto das faixas de pedestres. As sinalizações que foram criadas em 1997, logo depois da aprovação do novo Código de Trânsito Brasileiro, são consideradas um orgulho para os brasilienses. Desde então, para atravessar de forma segura, basta ao pedestre levantar uma das mãos e dar o conhecido “sinal de vida”, solicitando que os carros parem.
Desde outubro, as equipes de engenharia estão reformando a sinalização em dez cidades. São pelo menos 378 faixas de pedestres: 143 no Gama, 72 no Guará, 66 no Núcleo Bandeirante e Metropolitana, 35 no Recanto das Emas, 30 em Arniqueira, 17 em Vicente Pires e 15 na Candangolândia.
Também estão ocorrendo ações de renovação de outros tipos de pintura de vias em Samambaia, Taguatinga e Ceilândia, além da substituição de tachões e tachinhas, onde houver necessidade. Mais de 530 faixas já foram lavadas em todo o DF.
A educação, considerada de grande importância para resgatar e manter o respeito às faixas, recebe atenção especial no plano de trabalho do Detran. Para isso, foi criado o Programa de Segurança do Pedestre, que engloba atividades em quatro frentes distintas: cursos, ações em faixas de pedestre, blitze educativas e palestras de rua.
O curso de pedestres ocorre semanalmente, com foco na população de mais idade, alertando para atitudes e procedimentos seguros na circulação diária, e já capacitou centenas de idosos em todo o DF.
Existe, ainda, o Café na Faixa, uma ação de rua realizada nas faixas e direcionada exclusivamente aos pedestres. Milhares de pedestres – em cidades como Ceilândia, Santa Maria, Taguatinga, Planaltina e Plano Piloto – já receberam conscientização sobre travessia segura.
As escolas também receberam atenção especial do Departamento de Trânsito, com o projeto Detran nas Escolas. De acordo com Glauber Peixoto, a iniciativa entrou em seu 10º ciclo, com 600 professores capacitados sobre segurança no trânsito e aptos a passar o conhecimento para os alunos. A ação também engloba palestras para estudantes ministradas pelas equipes do órgão de trânsito.
E os motoristas que insistem em desrespeitar as faixas e o “sinal de vida”, dado pelos pedestres, estão sujeitos a multas de R$ 293,47 e a anotação de sete pontos na carteira, cujo acúmulo de 40 pontos significa a suspensão da autorização para dirigir.