O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu levar ao plenário da Corte um pedido do governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), para que ele deixe a relatoria da delação da JBS. Ainda não há data para análise do pedido.
Com isso, caberá aos 11 ministros da Corte definir se Fachin continua como relator dos inquéritos ligados à colaboração de sete executivos da JBS no âmbito da Operação Lava Jato.
Segundo os delatores da JBS, Reinaldo Azambuja recebeu R$ 38 milhões. Um documento aponta que as negociações começaram na campanha eleitoral de 2010. O governador nega, chama as acusações de "mentiras deslavadas" e as considera um "absurdo".
Como governadores não são processados no STF, Fachin enviou as informações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Fachin é o relator da Lava Jato no STF e homologou as delações no mês passado. O conteúdo dos depoimentos foi divulgado após o sigilo sobre as informações ter sido retirado pelo ministro.
No pedido ao Supremo, o tucano Reinaldo Azambuja alega que o caso não tem ligação com os desvios na Petrobras e, portanto, com a Lava Jato.