Atos violentos abalaram o centro de Paris neste sábado, após um protesto pela morte a tiros, na sexta-feira (16/12), de três pessoas de origem curda.
Além dos óbitos, outras três pessoas ficaram feridas depois que um atirador abriu fogo em um restaurante e centro comunitário curdo.
Os confrontos no protesto começaram na sexta-feira, entre a polícia e um grupo que se reuniu no local após o ataque.
As imagens mostraram incêndios na rua e alguns manifestantes quebrando vidros de carros.
Os oficiais da unidade de choque da polícia responderam disparando gás lacrimogêneo quando um grupo tentou romper o cordão de segurança.
Alguns manifestantes viraram carros, enquanto outros incendiaram veículos.
Eles também jogaram objetos contra os policiais.
A violência aumentou novamente no sábado, depois que centenas de curdos se reuniram pacificamente na Place de la République para prestar homenagem às três vítimas.
Centro cultural
O ataque da sexta-feira ocorreu em um centro cultural curdo e em um restaurante na Rue d'Enghien, no 10º arrondissement de Paris.
Um homem de 69 anos suspeito de disparar os tiros descreveu a si próprio como um racista que odiava os estrangeiros, disse uma fonte policial à agência de notícias AFP.
A polícia deteve o suspeito que não resistiu e teria recuperado a arma usada no ataque. Os promotores disseram que uma investigação foi aberta.
O sujeito, que está sendo interrogado pelas autoridades, havia sido liberado recentemente por outro ataque, que ocorreu em 2021 e foi feito em um acampamento de imigrantes.
"Estávamos andando na rua e ouvimos tiros", disse uma testemunha, Ali Dalek, à BBC. "Nós nos viramos e vimos pessoas correndo
"E então, cinco ou seis minutos depois, entramos em um salão de beleza onde conhecemos pessoas que trabalham e vimos que um homem havia sido preso."
Outra testemunha, uma comerciante, disse à AFP que se trancou no local. Ele afirmou ter ouvido sete ou oito rajadas de tiros.