27/12/2022 às 06h39min - Atualizada em 27/12/2022 às 06h39min

China anuncia o fim da quarentena obrigatória de entrada ao país

A partir de janeiro será exigida apenas a apresentação de um teste negativo recente para todos que queiram entrar no território chinês

​Agence France-Presse
(crédito: STR / AFP)

A China vai abolir, em 8 de janeiro, a quarentena obrigatória para todos aqueles que viajarem ao país asiático, anunciaram nesta segunda-feira (26/12) as autoridades sanitárias, uma medida que se soma ao levantamento da maioria das restrições anticovid implementado no início de dezembro.

A partir do mês que vem, apenas será exigida a apresentação de um teste negativo recente a todos que queiram entrar no território chinês, informou em um comunicado a Comissão de Saúde, órgão com funções equivalentes às de um ministério.
A China é o único grande país do mundo a exigir quarentena para quem viaja ao seu território, o que prejudica o setor turístico.

O confinamento dura atualmente cinco dias, seguidos de outros três de observação domiciliar.

A Comissão de Saúde indicou que já não considera agora a covid-19 como uma pneumonia, mas como uma doença "contagiosa" menos perigosa.

Aumento explosivo de casos
Três anos depois do surgimento dos primeiros casos de covid-19 na cidade de Wuhan (centro), Pequim eliminou no início de dezembro, e sem aviso prévio, a maioria das medidas mais rigorosas que sustentavam sua política de 'covid zero', em um contexto de crescente descontentamento da população e diante do forte impacto que essas regras estavam tendo na economia.

No entanto, e desde então, a China enfrenta um aumento explosivo do número de infectados pelo vírus.

Muitos hospitais estão saturados e as farmácias sofrem com escassez de medicamentos.

Além disso, crematórios indicaram à AFP que estão recebendo um alto número de corpos para incinerar.

O presidente Xi Jinping pediu hoje às autoridades medidas para "proteger com eficácia" as vidas de seus compatriotas diante do avanço da covid-19, em suas primeiras declarações públicas desde que Pequim relaxou as restrições.

"Deveríamos lançar uma campanha sanitária patriótica de maneira mais afinada", para fortalecer "a prevenção e o controle" da epidemia e "proteger com eficácia a vida, a segurança e a saúde das pessoas", disse Xi, citado pela emissora estatal CCTV.

"A prevenção e o controle da covid-19 na China estão se deparando com uma situação nova e com tarefas novas", acrescentou.

A China anunciou ontem que não publicaria mais estatísticas sobre a covid, que são alvo de críticas pela enorme defasagem entre os números oficiais e a onda atual no país.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »