30/12/2022 às 08h00min - Atualizada em 30/12/2022 às 08h00min

Após atrito entre PMDF e Exército, bolsonaristas tietam militares

Patriotas e bolsonaristas agradeceram os militares do Exército Brasileiro após a saída do DF Legal do QG de Brasília, com dizeres de "obrigado" e valeu"

​(crédito: Ed Alves/CB/DA Press)

A remoção de bolsonaristas acampados no Quartel-General (QG) do Exército estava marcada para a manhã desta quinta-feira (29/12), mas foi suspensa após um atrito entre a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Exército Brasileiro. Após o desencontro, os manifestantes, emplgados, agradeceram aos militares do exército.

Com dizeres “valeu” e “obrigado”, os manifestantes acampados há dois meses comemoraram a saída dos agentes do DF Legal. A reportagem apurou que essa ação estava programada, inicialmente, para 7 de dezembro, mas foi remarcada para esta quinta. A operação não aconteceu por divergências de quem faria a segurança dos agentes.

Operação
Agentes do DF Legal foram hostilizados por manifestantes bolsonaristas acampados em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, após tentativa de retirada das barracas vazias do local. Um vídeo cedido ao Correio mostra o momento em que cerca de 60 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno das eleições, em 30 de outubro, gritam para os servidores: "Sai fora", "Aqui é área militar", "Vai embora." As cenas mostram militares do Exército assistindo a tudo de braços cruzados.

Às vésperas da cerimônia de posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) está em diálogo com o Exército para acelerar a desmobilização do acampamento, segundo declaração do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). A afirmação foi feita após reunião de Ibaneis com futuros ministros de Lula, na terça-feira (27/12). De acordo com o governador, a expectativa é a de que os autores de atos antidemocráticos desocupem a área, voluntariamente, antes da solenidade.

Procurado para comentar o caso, o secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, confirmou que havia uma ação do DF Legal para verificar os movimentos ambulantes e as estruturas indevidamente instaladas. “Qualquer ação que ocorra no DF pode afetar a cidade como um todo, então realmente trabalhamos de forma preventiva para que não haja nenhum tipo de irradiação de operações e ações na cidade. Uma equipe do DF Legal e da PMDF estavam no local e, em um determinado momento, por decisão do Exército, suspendeu-se uma ação mais incisiva na região”, diz.

O secretário explicou, ainda, que o governo do DF trabalha por demanda do Exército Brasileiro. “É uma área militar sob jurisdição da operação deles. Tanto que é a polícia militar que faz o controle de ordem pública lá dentro. E nós trabalhamos nessas operações como sempre fizemos, recebendo apoio da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, do Detran”, garante. Apesar da expulsão dos agentes do DF Legal, o secretário da Casa Civil reiterou que os militares continuam realizando a desocupação do local. “Ele continuam desocupando, segundo informações que nos foram passadas, retirando as instalações, e nós seguimos à disposição”, garante.

O Centro de Comunicação Social do Exército informou, por meio de nota, que, na manhã desta quinta (29/12), a força prosseguiu com os trabalhos para a retirada de estruturas em desuso no acampamento de manifestantes no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília (DF). E que a atividade foi conduzida em coordenação com os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), mas foi suspensa no intuito de manter a ordem e a segurança de todos os envolvidos.


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