O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu posse à equipe ministerial neste domingo (1º/1). As cerimônias de transmissão de cargo de cada ministro serão realizadas ao longo desta semana.
O primeiro escalão de Lula será composto por 37 ministros — 14 a mais do que o registrado no governo de Jair Bolsonaro (PL).
O novo presidente também assinou decretos e medidas provisórias, como a MP que mantém a desoneração de combustíveis por 60 dias.
A posse de ministros ocorreu no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Durante o rito, cada ministro da equipe de Lula era chamado para assinar o respectivo termo de posse. Antes, Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto, recebeu a faixa presidencial de um grupo de representantes da população brasileira, discursou no parlatório e cumprimentou chefes de Estado.
O primeiro integrante da Esplanada dos Ministérios do atual presidente a ser empossada foi Sonia Guajajara, que chefiará o Ministérios dos Povos Originários.
Após o protocolo, Lula e a equipe ministerial posaram para a tradicional foto oficial do presidente com os ministros do governo. O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro da Indústria e Comércio Exterior, participou do registro fotográfico.
Cerimônia de posse
A cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva teve início às 14h30, horário em que o petista subiu no Rolls-Royce e deu início ao cortejo pela Esplanada dos Ministérios, saindo da Catedral Metropolitana de Brasília com destino ao Congresso Nacional. Lula foi acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja; do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB); e da vice-primeira-dama, Lu Alckmin.
Dentro do plenário do Congresso Nacional, Lula foi cumprimentado por diversos parlamentares. Às 15h06, Lula e Alckmin foram empossados presidente e vice-presidente da República, respectivamente.
Ao assinar seu termo de posse, o petista quebrou protocolo e assinou o documento com uma caneta que ganhou de um apoiador piauiense em 1989.
Durante seu discurso no Parlamento, o agora presidente afirmou que a mensagem ao Brasil é de “esperança e reconstrução”. Ele ainda exaltou uma “democracia para sempre”.
Após a posse, o presidente eleito recebeu, no Palácio do Planalto, a faixa presidencial e fez um pronunciamento. É de praxe que o novo presidente receba a faixa do antecessor, mas Jair Bolsonaro (PL) se negou a cumprir a tradição e deixou o país na última sexta-feira (30/12). O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) também se negou a fazer a passagem da faixa. A passagem do instrumento foi feita por uma criança, um indígena, uma pessoa com deficiência e uma mulher negra.
Lula participará, ainda neste domingo, de uma recepção com chefes de Estado e representantes de vários países no Palácio do Itamaraty.