21/01/2023 às 08h35min - Atualizada em 21/01/2023 às 08h35min

Presidente do PL culpa governo Lula por vandalismo em Brasília e isenta Bolsonaro

Segundo Valdemar Costa Neto, Bolsonaro deve retornar ao Brasil no final do mês de janeiro; dirigente afirmou que outros documentos como a ‘Minuta do Golpe’ foram recebidos por ele após as eleições

Estadão
Valdemar Costa Neto e Bolsonaro (Foto: Reprodução - Youtube)

 
O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, responsabilizou o governo Lula pelos ataques e depredações dos prédios públicos dos Três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro no dia 8 de janeiro em Brasília.

“A culpa de tudo isso é do governo atual. São eles quem mandam no Exército, nas policias e isso aconteceu. Não tinha policial suficiente para defender os prédios federais”, disse o dirigente, em entrevista à rádio CBN na manhã desta sexta-feira, 20.

Questionado sobre o papel de Bolsonaro no episódio, Costa Neto negou o envolvimento do ex-presidente. “Zero [responsabilidade]. A responsabilidade é do ministro da Justiça (Flávio Dino) que fez uma portaria que dizia que a Força Nacional iria defender os blocos federais e não tinha um cidadão da Guarda Nacional lá. Ninguém incentivou nada. O silêncio de Bolsonaro vem desde a derrota nas eleições”, disse.
 
Como mostrou o Estadão, as invasões às sedes dos Três Poderes estava sendo preparada por extremistas leais a Bolsonaro desde o dia 3 de janeiro, quando radicais começaram a divulgar com grande intensidade mensagens em aplicativos como o Telegram e o WhatsApp para trazer manifestantes de todo o País para Brasília, com as despesas pagas.

Retorno
Durante a entrevista, Costa Neto afirmou que o próprio ex-presidente teria lhe informado que pretende retornar ao Brasil no final do mês de janeiro. Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o final de 2022, quando, a três dias do fim de seu mandato, se recolheu em um condomínio-resort na região de Orlando, na Flórida.

A intenção da sigla é manter Bolsonaro no partido como uma liderança destacada. “Quero de qualquer forma o Bolsonaro aqui no Brasil, trabalhando e prestigiando o partido, indo nos nossos eventos, visitando as cidades. E principalmente a esposa dele, a dona Michelle (Bolsonaro).

Michelle se revelou com um carisma impressionante. Com isso, nós queremos eles para que fortaleçam o nosso partido”, disse.


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