Rogério Marinho, ex-ministro do Desenvolvimento Regional, abraçado com o ex-presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Planalto, em 2020 Marcos Corrêa/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro segue nos Estados Unidos, mas decidiu começar a trabalhar pelo candidato de seu partido, Rogério Marinho (PL-RN), à presidência do Senado.
Às vésperas da eleição interna, que acontece no dia 1o de fevereiro, Bolsonaro atendeu aos apelos do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e passou a fazer ligações em busca de votos para o aliado.
Integrantes do PL, entre eles o próprio Valdemar, creditam a Bolsonaro a virada de três votos a favor de Marinho. O senador disputa a presidência do Congresso com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tenta a reeleição com apoio do governo Lula.
Uma das conversas de Jair Bolsonaro sobre a eleição interna foi com o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). O parlamentar ligou para o ex-presidente porque também estava nos Estados Unidos, mas eles não chegaram a se encontrar.
No telefonema, Bolsonaro agradeceu a Sóstenes por desistir de ocupar a 1ª vice-presidência na Câmara, em troca do apoio do Republicanos à candidatura de Marinho no Senado.
Sóstenes era candidato do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O deputado abriu mão em favor do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP). Em troca, a sigla aceitou formar o bloco com PP e PL para apoiar Marinho. O gesto fez com que o candidato apoiado por Bolsonaro ganhasse mais quatro votos dos senadores do Republicanos.