31/01/2023 às 01h30min - Atualizada em 31/01/2023 às 01h30min

Cúpula do Exército deve ter oficiais promovidos por Bolsonaro

Ao menos 3 vagas serão abertas no Alto Comando da Força com a ida de generais para reserva.

PODER 360
Foto: Júlio César Arruda (esq.) entrou no Alto Comando do Exército em 31 de março de 2019. Tomás Paiva (centro) e Valério Stumpf (dir.) assumiram os postos na cúpula da Força em 31 de julho de 2019.

30.jan.2023 (segunda-feira) - 13h29  Na 2ª quinzena de fevereiro, anterior ao Carnaval, o Alto Comando do Exército deverá se reunir para definir os próximos generais que integrarão a cúpula da Força, o topo da hierarquia da instituição. Segundo apurou o Poder360, já há 3 vagas abertas e uma longa lista de oficiais postulantes.

Os militares que são cotados para as vagas foram promovidos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 24 de novembro de 2022, antes de deixar a Presidência, o ex-presidente promoveu os generais de divisão, que são sucessores do Alto Comando. Eis a íntegra do documento (128 KB).

Dois dos 16 generais (15 oficiais efetivos + o comandante) da Força já deixaram a cúpula ao serem promovidos à chefia da caserna. São eles:

o ex-comandante do Exército, Júlio César Arruda, 64 anos, que foi para reserva quando assumiu o comando da Força (de 30 de dezembro de 2022 a 21 de janeiro de 2023);

e o atual chefe da Força, Tomás Paiva, 62 anos, que passou a presidir o Alto Comando, embora tenha deixado de ser integrante efetivo e, assim, desocupado a cadeira.
 
Outro general que deve deixar a cúpula da Força é o general Valério Stumpf, 62 anos. Ele irá para reserva pelo tempo de serviço.

A ascensão na carreira militar é por mérito, mas sem passar por cima da antiguidade. Os formandos da turma 1985 da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) são os favoritos para ocupar as vagas.

Segundo apurou o Poder360, o ex-presidente é benquisto por parte deste generalato promovido.

Tomás Paiva assumiu o comando do Exército em 21 de janeiro com a missão de afastar oficiais alinhados Bolsonaro de chefias da Força. Agora, no entanto, o general deve tomar a decisão considerando 3 critérios:

1) antiguidade;
2) qualificação necessária; e
3) atender as expectativas do ministro José Múcio (Defesa) e, principalmente, do presidente Lula, de ter um Alto Comando que não seja totalmente alinhado ao ex-presidente.


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