A bancada do PL no Senado Federal assegura ter alcançado, nesta segunda-feira (30/1), o número mínimo de votos necessários para eleger o ex-ministro Rogério Marinho (RN) para a presidência da Casa pelo próximo biênio.
No sábado (28/1), o PL contabilizava, ao menos, 35 votos para Marinho e outros 35 votos para Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é candidato à reeleição. Com o avanço das negociações ao longo do final de semana, a bancada já afirma ter o apoio de 41 dos 81 senadores para a eleição, que ocorre nesta quarta (1º/2).
Pela noite, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, promoveu um jantar com os parlamentares eleitos em um restaurante nobre de Brasília. O encontro, além de dar as boas-vindas aos deputados e senadores eleitos, serviu para discutir a candidatura de Marinho.
O ex-ministro falou com a imprensa na entrada do jantar e endossou o tom otimista às vésperas da eleição. “Ainda faltam dois dias para o pleito, mas nós estamos muito animados. Eu acredito que, se eleição fosse hoje, a gente teria condições de vencer. Até quarta-feira muita coisa pode acontecer”, disse o senador.
O bolsonarista voltou a defender que sua candidatura é para dar independência ao Senado em relação ao Executivo. “O mais importante é que é um sentimento no Senado da República de que é necessário restabelecermos a independência do Senado, restabelecermos o tamanho do Senado, a envergadura do Senado para que ele possa novamente ser a instituição que deve estar no centro das grandes discussões e decisões no país”, prosseguiu.
Apoio de Girão?
Marinho foi questionado sobre a possibilidade de convencer Eduardo Girão (Podemos-CE) a desistir da candidatura para apoiá-lo. “O senador Eduardo tem toda a legitimidade de ser candidato, né? Ele tem defendido uma pauta que casa com a sua atuação como parlamentar nos seus quatro primeiros anos. E é evidente que nós estamos afinados no sentido de que, havendo um segundo turno, nós estaremos juntos”, defendeu.
Marinho também afirmou que tem recebido ajuda do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas negociações. “O ex-presidente Bolsonaro, como qualquer cidadão brasileiro, no caso dele com a envergadura com o tamanho e com a importância que ele tem, certamente, na medida do possível, tem tentado nos ajudar”, explicou.
“Agora essa é uma disputa entre pares Eu acho que o que pauta a eleição não é um terceiro turno das eleições presidenciais, ao contrário do que tem sido pregado por alguns. Esse é um processo que está em jogo a independência daquela casa. O que está em jogo é a volta da importância do Senado da República”, finalizou.