01/02/2023 às 12h13min - Atualizada em 01/02/2023 às 12h13min

PSD do Senado entra em guerra após dissidência a favor de Marinho

Nelsinho Trad, ex-líder do partido de Pacheco, declarou voto em Marinho

A bancada do PSD, partido com três ministérios no governo Lula, entrou em guerra interna após dois de seus quinze parlamentares declararem voto em Rogério Marinho, candidato bolsonarista, para presidência do Senado.

Rodrigo Pacheco, atual presidente, candidato do governo à Presidência e senador de Minas Gerais, é filiado ao partido, e o diagnóstico de seus aliados é de que a declaração de voto de senadores do PSD em Marinho enfraquece sua candidatura.

Lucas Barreto, do Amapá, e Nelsinho Trad, do Mato Grosso do Sul, são os dissidentes no partido de Gilberto Kassab que devem votar em Marinho.

Nesta terça-feira, a ala governista do partido se revoltou contra os dois, especialmente com Nelsinho, que era líder da bancada até três dias atrás.

O comentário é de que Nelsinho está cedendo à pressão de um eleitorado bolsonarista cada vez mais enxuto em seu estado e que, dessa forma, não tem como ficar no partido.

Otto Alencar, o novo líder, senador do PSD da Bahia, nega que Nelsinho tenha perdido a liderança no Senado por ter aderido à candidatura de Marinho.

Segundo ele, Nelsinho ficou na liderança por dois anos e já era previsto que sairia. Ele diz ter coletado 14 assinaturas na lista de apoio para se tornar líder — todos os senadores do PSD exceto Lucas Barreto.

Alencar põe panos quentes na briga e diz que é normal haver dissidentes. “Nós temos 15 senadores e senadoras, e a dissidência é do Nelsinho e do Lucas. Eu respeito a dissidência, respeito aqueles que têm divergência”, disse.


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