Ex-presidente do PC do B; ex-ministro da Defesa do primeiro governo Lula; ex-ministro dos Esportes, da Tecnologia e novamente ministro da Defesa, em 2016, ex-deputado federal e um dos nomes mais respeitados da esquerda brasileira, Aldo Rebelo tem feitos palestras em várias regiões do país, concedido entrevistas a programas de TV e, pelas redes sociais, divulgado vários vídeos que, certamente, incomodam profundamente seus ex-companheiros de governo. Entre outras coisas, Rebelo denunciou, num dos vídeos, a imposição da esquerda em distribuir livros em escolas rurais, ensinando as crianças de que a produção agrícola e da pecuária são nefastas para o país.
No vídeo, o ex-ministro e ex-presidente nacional do Partido Comunista afirma que este tipo de contexto não é só uma injustiça, como, em suas palavras, “é uma grande mentira!” Dias atrás, Aldo Rebelo voltou ao ataque, desmentindo a versão oficial, aplaudida todos os dias pela chamada grande mídia, que deixa transparecer a versão que a crise de fome e mortes entre os índios Yanomami começou no governo Bolsonaro, com a invasão dos garimpeiros e destruição do meio de vida dos indígenas.
O vídeo está nas redes sociais (no Tik Tok, basta digitar o nome do político que se verá duas dúzias de gravações feitas por ele) Rebelo conta que o problema nas aldeias já era gravíssima há quase 23 anos quando ele, como ministro, foi pessoalmente ver a situação dos Yanomamis. Em mais de um vídeo e em suas palestras, Rebelo conta detalhes impressionantes sobre o que viu e sobre quem manda mesmo nas aldeias.
O relato, em resumo: “apenas a minha entrada foi permitida. Os militares que me acompanhavam, inclusive um coronel, tiveram que ficar do lado se fora da aldeia. Uma jovem, representante de uma ONG, disse que eu poderia entrar, mas nenhum dos militares”, ou seja, quem comanda aquela área indígena (confirmado pelo então representante do Governo central) são pessoas ligadas à ONGs, a maioria deles internacionais. Deduz-se, então pelas afirmações de Aldo Rebelo, que os representantes dessas organizações mandam em tudo, mas não ajudam a resolver o problema das mortes de crianças e da fome, horrores que assolam as aldeias.
O ex-ministro foi além, quando tratou do assunto numa palestra recente, relembrando quando visitou o grupo indígena, há duas décadas: “você entra na oca e sente a fuligem, a fumaça. Os índios com as costelas de fora, subnutridos. Tuberculose. Quando eu voltei, os médicos disseram: o senhor tem que fazer um exame, que aquela área é muito contaminada de tuberculose.
Os índios comendo banana verde, uma mandioca assada, não tem proteína, porque eles não caçam mais”, relatou. Sua visita à aldeia foi no ano 2.000, ou seja, há quase 23 anos atrás.
Portanto, há longos anos já se sabia qual a situação dos indígenas de Roraima, na divisa com a Venezuela, onde a fome dos Yanamami também grassa. E nenhum dos governos desde lá, dois deles de petistas que governaram o país durante 14 anos, resolveu o problema.