24/03/2023 às 15h56min - Atualizada em 24/03/2023 às 15h56min

Operação no Salgueiro, RJ, deixa ao menos 13 mortos, entre eles Leo 41, chefe do tráfico no Pará

Operação de Bope, Core e policiais do Pará mirava Leonardo Costa Araújo e outras lideranças de facção criminosa que aterroriza a Zona Oeste do Rio. Há relatos de três pessoas feridas.

Léo 41
  Ação foi realizada nesta quinta-feira (23) no complexo que fica em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

 Segundo a polícia, Leo 41 foi um dos responsáveis por uma série de ataques que mataram, desde 2021, agentes de segurança pública no Norte do país.

• Traficante já havia sido indicado por seis crimes, incluindo latrocínio, e era investigado em outros 15.

• Operação teve como alvo outros chefes do Comando Vermelho que participam da guerra que atinge comunidades na Zona Oeste do Rio e do assalto ao Village Mall, na Barra da Tijuca.

Uma operação das polícias Civil e Militar no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, deixou ao menos 13 mortos nesta quinta-feira (23), segundo a Polícia Militar.

Um jovem e duas mulheres, uma de 53 e outra de 62 anos, ficaram feridos e foram levados para o Hospital Estadual Alberto Torres. O quadro deles é estável.

Um dos mortos era o alvo principal da ação, Leonardo Costa Araújo, o Leo 41. O traficante de 37 anos é apontado como o chefe do tráfico de drogas no Pará e estava foragido desde 2019 (leia mais abaixo).

A identificação dos outros mortos não havia sido divulgada até a última atualização desta reportagem.

Treze fuzis foram apreendidos e as autoridades de segurança celebraram o "sucesso na missão".

“No Salgueiro, teve resistência, e tivemos vários criminosos que vieram a óbito. Pelas armas, vocês podem ver que os criminosos não estão interessados em ser presos e processados pelo estado de direito. Hoje, podemos comemorar o sucesso na missão”, secretário de Polícia Civil.

Suspeito de mais de 40 mortes
Segundo a polícia, Leo 41 é um dos responsáveis por uma série de ataques que mataram, desde 2021, mais de 40 agentes de segurança pública no estado do Pará, segundo a polícia local.

A polícia também busca outros chefes do Comando Vermelho do Rio que orquestraram e participam da guerra que atinge comunidades na Zona Oeste do Rio e do assalto ao Village Mall, na Barra da Tijuca, quando um segurança foi morto.

Cinco blindados e dois helicópteros deram apoio à ação, que não havia sido concluída até a última atualização desta reportagem e contou com 80 homens da Subsecretaria de Inteligência (RJ); do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar; da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Civil; e policiais do Pará.

Segundo moradores, os tiroteios aconteceram principalmente nas regiões de Itaoca e Palmeiras. Escolas municipais e os postos de saúde 1 e 2, no bairro Palmeiras, foram fechados.
 


Polícia apreendeu 13 fuzis e 1 pistola na operação — Foto: Leslie Leitão/TV Globo

Escondido em comunidades do RJ

Segundo a investigação, Leo 41 assumiu a chefia da facção no Pará após a prisão de Claudio Augusto Andrade, o Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020.

Desde então, de dentro das comunidades do Grande Rio, coordenava um plano de expansão da organização com a compra de armas e munições, financiada por tráfico de drogas, roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais dos integrantes da organização criminosa.

Desde que assumiu o comando, o traficante vivia uma vida luxuosa nos morros da cidade, patrocinado por suas ações criminosas e pela própria organização, que em sua gestão passou a arrecadar volumes altos de dinheiro com tráfico e extorsões de comerciantes, jogos de azar, provedores de internet.

 
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