O caçadores ilegais usavam as cabeças de búfalos caçados em Monte Alegre de Goiás, no Nordeste goiano, como troféus. Os empresários investigados pela Polícia Federal, alvos de operação realizada na manhã desta terça-feira (28), faziam turismo de caça na região.
O delegado responsável pela ação, Sandro Sandre, aponta que as investigações tiveram início após denúncia feita pelo Ibama em que colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) faziam turismo de caça no local sem a devida autorização, em Monte Alegre de Goiás.
Uma das caças investigadas é de agosto de 2011. Quando um dos suspeitos de Formosa fomentou esse tipo de caça, após fazer um curso na África. Segundo o delegado, de forma totalmente clandestina, ele comercializou os pacotes para caça com moradores do Paraná.
A Polícia Federal ainda investiga qual era a frequência das caças e com que frequência eram realizadas. Além de outros envolvidos e quem contratava os serviços. O grupo publicava vídeos com as caças, em que mostrava a cabeça dos animais como troféus. Eles não consumiam a carne dos animais e diziam que distribuíam como alimento para a população kalunga, que vive próximo à fazenda onde os búfalos estavam abandonados.
“Eles feriram a lei que trata de crimes contra a fauna, inclusive de animais domésticos asselvajados, que se tornam animais ferais. Cujo a licença ambiental deve ser expedida pelo Ibama. Não havia nenhuma licença ambiental expedida nesse sentido. Nesse sentido solicitamos a suspensão do registro de CACs até o final do processo”, explicou.
“Nos vídeos têm a participação de algumas pessoas da fazenda, que trabalhavam como guias e que também andavam armados, orientando [os caçadores ilegais]”