A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em articulação com as polícias do Rio de Janeiro e Bahia, realiza, nesta terça-feira (4), uma operação contra um grupo acusado de ostentar vida de luxo custeada por meio de uma série de golpes financeiros cujos alvos eram principalmente idosos.
No total, são cinco mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão divididos entre Rio de Janeiro e Bahia. Até o momento, quatro pessoas já foram presas.
De acordo com as investigações, o grupo obtinha dados pessoais e financeiros das vítimas e fazia ligações de centrais telefônicas clandestinas instaladas em empresas de fachada.
Eles se passavam por funcionários da área de segurança dos bancos em que as vítimas tinham conta.
“Por efetuarem ligações de números 0800, bem como por estarem em posse de informações financeiras precisas das vítimas, os autores passavam grande credibilidade e induziam e mantinham as vítimas em erro”, relatou a PCDF.
Os acusados solicitavam documentos pessoais e fotografia de selfie, por exemplo, como se uma nova conta estivesse sendo aberta.
“Após serem abertas as novas contas, os autores solicitavam a realização das transferências dos valores e, como as contas estavam sob a titularidade das vítimas (estavam em seu nomes), elas acabavam por transferir todos os valores que possuíam na conta bancária que acreditavam estar com suspeita de fraude”, explicou a polícia.
“Após a transferência dos valores, os criminosos, que possuíam as senhas e a administração de fato das contas recém abertas, efetuavam a transferências dos valores auferidos para as conta bancárias de empresas de fachada localizadas nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia”, completou.
Uma das vítimas, por exemplo, um idoso de 72 anos transferiu R$ 180 mil aos criminosos neste golpe.
As autoridades descobriram que o dinheiro desviado neste esquema sustentava “uma luxuosa vida, realizando viagens nacionais e internacionais, participando de festas badaladas e de festas em comunidades do Rio de Janeiro, além de adquirirem diversos bens de luxo”.
Os investigados responderão pelos crimes de fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
“Caso condenados, por cada crime de estelionato praticado contra idosos os autores estarão sujeitos a uma pena que pode alcançar os 10 anos de prisão. Pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa eles estão sujeitos a uma pena que pode alcançar 13 anos de prisão. Estima-se que, em todo território nacional, o grupo criminoso tenha feito mais de 100 vítimas”, informou a polícia.