Líder do Chega, o partido de extrema-direita de Portugal, André Ventura, anunciou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, confirmaram presença em evento marcado para maio, em Lisboa. A meta, afirma Ventura, é transformar Portugal num dos centros mundiais da ultradireita contra o socialismo.
Diz ele em vídeo: “A presença de Jair Bolsonaro, de Matteo Salvini e de muitos outros dirigentes da direita europeia marca Lisboa como um dos novos centros da direita mais forte da Europa e uma das referências mundiais da luta contra o socialismo”.
Bolsonaro desembarcará em Lisboa semanas depois da passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Portugal. Enquanto esteve na Presidência da República, ele nunca visitou o país europeu. E fez várias malcriações ao presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.
André Ventura diz que o objetivo do evento é fazer de Lisboa o centro europeu contra o pensamento de esquerda, que, no entender dele, faz mal à sociedade. "Vamos criar um evento com o objetivo ambicioso de ser um polo, uma alternativa à Conferência Conservadora que ocorre todos os anos nos EUA", afirmou.
Apoio à extrema-direita quase dobra em Portugal
Dados de uma pesquisa sobre intenção de votos nos principais partidos políticos de Portugal mostram crescimento impressionante do Chega, legenda de extrema-direita que já é a terceira força da Assembleia da República, com uma bancada de 12 deputados.
Segundo o levantamento, realizado pelo Instituto Intercampus para um grupo de jornais, as intenções de votos no partido de ultradireita saltou de 7,2%, há um ano, para 13,5%, ou seja, quase dobrou. Esse aumento confirma que o discurso inflamado do deputado André Ventura, presidente do Chega, está ecoando entre os portugueses.
Ventura ataca a imigração, que cresce sem parar em Portugal, puxada pelos brasileiros, com discursos xenófobos, e prega o conservadorismo, seguindo a mesma estratégia populista que levou Jair Bolsonaro à presidência do Brasil e Donald Trump ao comando dos Estados Unidos — os dois não foram reeleitos