18/04/2023 às 06h39min - Atualizada em 18/04/2023 às 06h39min

Caiado: goianas presas na Alemanha sofreram 'injustiça impossível de reparar'

Governador recebeu Jeanne Cristina Paolini Pinho e Katyna Baía, nesta segunda-feira

​Foto: Ana Paula Belini - Mais Goiás

 “Uma injustiça impossível de reparar.” Foi o que disse o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) durante coletiva de imprensa, nesta segunda (17), após receber no Palácio das Esmeraldas para um almoço as goianas Jeanne Cristina Paolini Pinho e Katyna Baía, que passaram cerca de um mês presas na Alemanha, depois de ter a etiqueta de bagagem trocada por outra com drogas. Elas foram soltas da prisão que estavam, em Frankfurt, no último dia 11 e chegaram ao Brasil na sexta-feira (14).

Caiado reforçou, ainda, que deu todo o apoio possível as brasileiras, quando soube do ocorrido. “Imediatamente entramos em contato com Polícia Federal (PF), embaixada, Itamaraty, família… Para dar o maior apoio, para, pelo menos, confortá-las, demonstrando que estávamos empenhados.”

Para o governador, elas foram responsáveis por denunciar ao mundo injustiças que muitas vezes são praticadas. “Para que, cada vez mais, pessoas possam ter sua independência preservada, sem julgamento inquisitivo como vocês foram, sendo consideradas criminosas.”

Katyna lembrou que, quando pode falar, contatou Adryanna Caiado, diretora da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), que é aluna dela de “personal”. “Sabia que ela chegaria mais rápido ao governador que, assim que ficou ciente, sabia tudo que deveria ser feito.”

Jeanne, por sua vez, citou a readaptação. “Ainda não conseguimos dormir direito. Acordamos com taquicardia, assustamos com barulho chave, cadeado… Ainda estamos acordoando com o horário do presídio. Estamos readaptando a alimentação, pois perdemos muito peso. Mas tivemos acolhimento de familiares e amigos, e aos poucos a vida vai retomando e vamos continuar fazendo o que fazíamos.”

As goianas tiveram as malas trocadas por uma organização criminosa em uma área restrita do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ao chegarem em Frankfurt foram detidas no dia 5 de março.

Na último dia 10 de abril, Lorena Baía, irmã de Kátyna Baía, viajou para Frankfurt junto com a mãe de Jeanne e uma advogada. O objetivo era dar suporte às vítimas, ainda sem previsão de deixar a prisão.
 
Também naquela data, em coletiva de imprensa, o delegado da Polícia Federal, Bruno Gama, reforçou que a corporação, por meio do Ministério da Justiça, já tinha encaminhado as informações para a Justiça Alemã da investigação comprovando o esquema de funcionários do Aeroporto Internacional de Guarulhos para trocar a bagagem das passageiras por malas com drogas.

Na semana passada, segundo ele, seis pessoas foram presas. Destas, algumas admitiram o crime. Os vídeos com as confissões também foram enviados. A Polícia Federal continua a operação que abrange não o caso específico das goianas, mas um grupo que atua no envio de drogas para o exterior por meio de troca de bagagens.


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