17/05/2023 às 06h29min - Atualizada em 17/05/2023 às 06h29min

Congresso não poder mudar regra fiscal beira o irracional, diz Lira

Presidente da Câmara afirma que marco fiscal “não é decreto” e cobra “clareza” do governo Lula.

"Nós queremos aprovar um arcabouço para o país que vai deixar a vida do governo mais tranquila, mais previsível, e o governo não está junto", disse Arthur Lira (foto) em entrevista.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a ideia de que o Congresso Nacional não pode alterar o texto do novo marco fiscal “é uma situação que beira o irracional”.

“[A matéria] Não pode ser um decreto, senão não precisava do Congresso Nacional”, declarou em entrevista à emissora CNN Brasil que irá ao ar às 22h15 desta 2ª feira (15.mai.2023). O congressista está reunido na noite desta 2ª feira (15.mai) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o número 2 da pasta, Gabriel Galípolo, e líderes da Casa Baixa, para apresentação do relatório da regra fiscal.

Durante a entrevista, Arthur Lira disse que a Casa Baixa quer aprovar o texto novo, que, segundo ele, irá deixar a vida do governo “mais tranquila” e “mais previsível”. Porém, disse que “o governo não está junto” na discussão do tema.

“Eu entendo que o ministro Haddad é o interlocutor, indicado pelo governo, autorizado pelo governo, pra tratar desse assunto. Nós precisamos ter uma clareza de que o governo vem unido para as discussões que nós estamos fazendo”, declarou.

CRÍTICAS DE CAJADO
Além do presidente da Casa Baixa, o relator do texto do novo marco fiscal na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP-BA), também já fez críticas a uma falta de unidade por parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no que diz respeito ao novo teto de gastos.

Na ocasião, o deputado afirmou que tem tido “dificuldades” na relação com integrantes do governo e cobrou um “discurso único” do Executivo.


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