O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu que os países façam as “reformas necessárias” para suportar uma próxima pandemia. Ele fez a advertência na segunda-feira 22, durante a assembleia anual da OMS.
“Se não fizermos as mudanças que precisam ser feitas, quem fará?”, perguntou Tedros, semanas depois de a organização decretar o fim da emergência global para a pandemia de covid-19. “E se não fizermos agora, quando?”
O chefe da OMS disse que tais medidas precisam ser tomadas com celeridade, porque a próxima pandemia está fadada a “bater à porta”. “Não podemos empurrar com a barriga”, advertiu Tedros.
Ameaça de nova pandemia?
A Assembleia Mundial da Saúde coincide com o 75º aniversário da OMS. O evento terá duração de dez dias.
Os 194 Estados membros da OMS negociam reformas nas regras que fixam suas obrigações no caso de uma ameaça internacional de saúde. Os países também trabalham para elaborar um tratado pandêmico mais amplo, o que deve ser consolidado em 2024. “Um compromisso desta geração é importante, porque é esta geração que experimentou quão terrível um pequeno vírus pode ser”, disse Tedros.
O diretor-geral da OMS também avaliou o estágio da covid-19 no mundo. “Permanece a ameaça do surgimento de outra variante, que pode causar novos surtos de doenças e mortes”, alertou. “A ameaça de outro patógeno emergente com potencial ainda mais mortal continua. As pandemias estão longe de ser a única ameaça que enfrentamos. Em um mundo de crises sobrepostas e convergentes, uma arquitetura eficaz para a preparação e para a resposta a emergências de saúde deve abordar emergências de todos os tipos.”